O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) realiza nesta sexta-feira (25), às 16h, uma assembleia geral no vão livre do Masp para avaliar a proposta apresentada pelo governo paulista e decidir sobre a determinação anterior de iniciar uma greve também nesta sexta.
A categoria cobra reajuste salarial, convocação de 44 mil professores concursados, melhoria na estrutura das escolas e valorização da carreira docente, entre outras pautas consideradas urgentes pelos profissionais da educação.
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Durante as negociações com a Apeoesp, o governo propôs reajuste de 5%, abaixo da inflação acumulada no período. A proposta será encaminhada à Assembleia Legislativa, mas a categoria exige um aumento maior e um plano de recomposição do poder de compra dos salários para que possa se chegar à aplicação integral do piso nacional dos professores.
A Secretaria também autorizou a reposição das aulas relativas às assembleias dos dias 21 de março e 25 de abril, enquanto as demais datas seguem em negociação.
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Climatização das escolas e alimentação
Em relação à outra reivindicação dos professores, o governo estadual afirma que serão climatizadas cerca de 1.000 escolas em 2025. Contudo, a rede estadual possui 5 mil unidades de ensino e o sindicato cobra urgência na climatização em função das altas temperaturas no estado, além da introdução de educação ambiental e climática no currículo escolar.
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Sobre o fornecimento de merenda a docentes, a Secretaria se comprometeu a criar uma comissão com o sindicato e o Ministério Público para buscar soluções, já que citou "entraves legais" que dificultariam a iniciativa.
Entre as suas reivindicações, o sindicato exige regras transparentes e por tempo de serviço, sem interferência de direções escolares, na atribuição de aulas. O governo do estado concorda com a composição de uma comissão paritária para discutir novas regras a partir de um trabalho técnico com a participação da assessoria técnica da Apeoesp.
Pressão da categoria
A deputada estadual Professora Bebel (PT), que também é segunda presidenta da Apeoesp, ressalta que as propostas feitas pela Secretaria são resultado da pressão exercida pela categoria.
"Nossa mobilização forçou o governo a apresentar respostas. Mas o reajuste de 5% é insuficiente. Seguiremos na luta. A criação da Mesa Permanente de Valorização Docente é uma vitória, um espaço que se abre para debater a atratividade da carreira do magistério e, claro, combater retrocessos, mas ainda temos muito a conquistar", afirma Bebel.