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Caso Bruna Oliveira: polícia identifica suspeito e divulga foto; veja aqui

A estudante desapareceu após sair da estação de metrô Corinthians-Itaquera, a caminho de casa. Seu corpo foi localizado nos fundos de um estacionamento

A estudante Bruna Oliveira.Créditos: Redes Sociais
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A Polícia Civil de São Paulo informou, nesta quarta-feira (23), que identificou o suspeito de assassinar Bruna Oliveira da Silva, estudante da Universidade de São Paulo (USP), de 28 anos. A jovem foi encontrada morta na semana passada na Zona Leste da capital paulista, com sinais de violência sexual.

De acordo com o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a identidade do autor do crime já foi levantada. Ele se chama Esteliano José Madureira, de 43 anos. Uma imagem do suspeito foi tornada pública (veja abaixo), e a polícia já solicitou a prisão preventiva do investigado, que segue foragido.

Bruna desapareceu após sair da estação de metrô Corinthians-Itaquera, a caminho de casa. Seu corpo foi localizado nos fundos de um estacionamento, com lesões que indicam possível agressão sexual. O caso tem sido tratado como homicídio qualificado.

Em nota, o DHPP afirmou que as investigações continuam, e que os agentes aguardam os resultados dos exames realizados pelo Instituto de Criminalística (IC) e pelo Instituto Médico Legal (IML), que devem ajudar a esclarecer as circunstâncias do crime.

"As diligências prosseguem visando o devido esclarecimento dos fatos", declarou o órgão.

Câmeras de segurança mostraram Bruna

A estudante de mestrado foi encontrada sem vida, na última quinta-feira (17), nos fundos de um estacionamento próximo ao terminal de ônibus da estação de Itaquera. 

Em imagens de câmeras de segurança, divulgadas no domingo (20), é possível observar os últimos momentos de vida de Bruna Oliveira da Silva. Nas gravações, a jovem aparece indo em direção a sua casa, localizada a 20 minutos a pé da estação.

Na sequência, é vista em mais um trecho do trajeto, mas, logo em seguida, desaparece. Este é o momento no qual a Polícia acredita que a vítima foi capturada pelo suspeito.

Desaparecida

Bruna estava desaparecida desde o dia 13 de abril, quando saiu da estação de metrô a caminho de casa, onde vivia com o pai. Um vídeo obtido pela TV Globo mostra a jovem caminhando sozinha momentos antes do crime.

O corpo foi encontrado seminu, com sinais de violência, queimaduras e uma fratura em uma das vértebras do pescoço, segundo laudo preliminar da perícia. Próximo ao corpo, foram encontrados um sutiã e um saco plástico, que foram recolhidos para análise. A causa da morte ainda será confirmada por exames do IML, que também apura se houve violência sexual.

Inicialmente registrado como "morte suspeita", o caso foi transferido do 24º Distrito Policial (Ponte Rasa) para o DHPP, após serem identificados indícios claros de homicídio. “O mais provável é que ela tenha sido assassinada”, declarou a delegada Ivalda.

Historiadora e feminista

Bruna era historiadora formada pela USP, com mestrado em história social pela mesma instituição. Recentemente, havia sido aprovada para um novo mestrado na área de mudança social e participação política na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH/USP). Ela deixa um filho de 7 anos.

O ex-marido, o atual namorado e familiares da estudante já prestaram depoimento à polícia. O namorado, Igor Rafael Sales, relatou que ela havia saído de sua casa no Butantã, Zona Oeste, e não chegou mais em casa.

A mãe da estudante, Simone da Silva, desabafou à TV Globo: “Minha filha sempre lutou contra a violência contra a mulher. Ela morreu exatamente como mais temia. E aí eu me pergunto: por que não fui eu? A dor seria menor”.

Em nota, a direção da EACH/USP lamentou a morte de sua aluna e prestou solidariedade aos familiares e amigos. A polícia segue com as investigações para identificar o autor do crime e esclarecer os detalhes do caso.

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