O advogado criminalista João Neto, de 47 anos, preso na última segunda-feira (14), após ser flagrado por câmeras de segurança agredindo uma mulher dentro de seu apartamento, em Maceió (AL), confessou mais um de seus crimes durante entrevista.
Na conversa, que ocorreu antes de sua prisão, o advogado contratado pela então candidato Pablo Marçal (PRTB) durante a campanha do ano passado, afirmou que, no tempo em que era policial militar em Salvador (BA), costumava forjar flagrantes.
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“Na minha época, eu andava com kit flagrante. Eu tinha droga, balança e dinheiro miúdo. Já era”, confessou. Segundo ele, o material era usado para incriminar pessoas durante abordagens.
Na mesma gravação, o advogado minimiza o crime: “Quantos e quantos policiais invadem casas e plantam drogas? Não sejamos hipócritas, isso é a realidade.”
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"Bateu, levou"
João Neto tem mais de dois milhões de seguidores nas redes sociais e já foi alvo de polêmicas anteriores. Em um vídeo, ele chegou a justificar agressões contra mulheres, afirmando que “bateu, levou” e questionando: “Você é Jesus Cristo para tomar tapa na cara?”
Defesas controversas
João Neto tem 47 anos, é advogado criminalista, ex-militar da Polícia da Bahia e tem milhares de seguidores nas redes sociais. Ele ficou conhecido nacionalmente no ano passado, quando foi contratado por Pablo Marçal. Na ocasião, ele se destacou por explicar estratégias jurídicas controversas. Em um de seus vídeos, ele alega que seus clientes podem contar com sua habilidade para contornar provas incriminatórias, mesmo em casos extremos como homicídio.
“Se você for meu cliente, não vai dar nada porque cliente meu não mata ninguém. Ah, mas fui eu. Não foi você. Cliente do doutor João Neto não mata ninguém. Ah, mas as câmeras me pegaram. Se as câmeras te pegaram foi você agindo em legítima defesa repelindo agressão atual e iminente. Então, meu irmão, se você matar alguém, ou estão dizendo que você matou, foi legítima defesa”, afirma João Neto em uma gravação.
Não foi a primeira vez
Moradora de Arapiraca, a namorada do advogado foi para Maceió com a intenção de morar no apartamento dele. Segundo ela, os dois mantêm um relacionamento há dois anos e ela afirma já ter sido agredida anteriormente.
João Neto foi localizado pilotando uma motocicleta sem placa e na contramão. Ao ser abordado, tentou contestar, apresentou a carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), mas foi levado pelos policiais à Central de Flagrantes. Ele deve responder por violência doméstica e lesão corporal.
Nota da defesa
"A defesa do advogado João Neto, vem a público informar que toma ciência das reportagens que circulam quanto ao suposto cometimento de crime no âmbito da violência doméstica, todavia esse assunto será esclarecido a partir de amanhã em sede de audiência de custódia, em que pese a mesma não ser o ambiente propício para discussão de mérito."
Veja o vídeo abaixo: