Em nota à imprensa divulgada no começo da tarde desta quarta-feira (26), a prefeitura de Belo Horizonte informou o falecimento de Fuad Jorge Noman Filho, prefeito recém-reeleito da capital mineira, que ocupava o cargo desde março de 2022.
Informações sobre o velório devem ser divulgadas em breve, diz o comunicado.
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Noman havia sido levado ao hospital Mater Dei, onde passou por sucessivas internações desde o dia 3 de janeiro deste ano, na noite de terça-feira (25), após sofrer uma parada cardiorrespiratória e passar por procedimento de reanimação.
Em boletim hospitalar divulgado mais cedo nesta quarta-feira (26), o estado de Noman, que foi diagnosticado com linfoma não Hodgkin (câncer no sistema linfático) em 2024, foi descrito como grave, e ele respirava por aparelhos e sofria de insuficiência renal aguda.
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Nos últimos meses, ele havia sofrido com diferentes quadros de saúde, que incluíam sintomas avançados, como dores, pneumonia, diarreia e desidratação, e chegou a ser intubado duas vezes com procedimento de traqueostomia.
Noman, que compôs a chapa de Alexandre Kalil como vice-prefeito nas eleições municipais de Belo Horizonte em 2020, tornou-se prefeito em março de 2022, após a renúncia de Kalil, que deixou o cargo para concorrer ao governo do estado, e foi reeleito em 2024, no segundo turno, em disputa com Bruno Engler (PL).
Antes de assumir a prefeitura de Belo Horizonte, Fuad Noman já ocupara, entre 2003 e 2006, o cargo de Secretário de Agricultura do estado de Minas Gerais.
Formado em Ciências Econômicas pelo Centro de Ensino Unificado de Brasília e Doutor Honoris Causa pela Universidade Estadual de Montes Claros, iniciou sua carreira profissional como funcionário do Banco Central e, em seguida, do Tesouro Nacional.
Durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, foi indicado Secretário-Executivo da Casa Civil da Presidência da República, de 1996 a 1997, e também atuou como consultor do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Além de político e economista, Noman também era escritor, com duas obras publicadas: "O Amargo e o Doce", lançado em 2017 pela Editora Quixote-Do, e "Cobiça", de 2020, publicado pela Editora Ramalhete.
"A política pode ser feita com ternura. Fuad era firme sem ser intolerante. Era propositivo, sem jamais ser impositivo. E sabia muito bem o que queria, sendo um homem do diálogo, da convergência e da união", disse, em nota de pesar publicada nas redes sociais, o vice-prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), que deve assumir o cargo de maneira oficial nos próximos dias.
