SURTO DE VIROSE EM SP

Norovírus: entenda o vírus que está causando surto no litoral de SP

Relatório sobre qualidade da água apontou que 51 praias do litoral paulista estão contaminadas com esgoto

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Nesta quinta-feira (9), a Secretaria de Estado da Saúde (SES) de São Paulo confirmou, por meio de análises do Instituto Adolfo Lutz (IAL), que o surto de virose no litoral do estado está sendo causado por norovírus. O vírus foi detectado em fezes humanas coletadas no Guarujá (SP) e em Praia Grande (SP), na Baixada Santista.

Altamente infeccioso, o norovírus é um tipo de vírus que causa gastroenterite, condição que  provoca sintomas como diarreia, vômitos, febre alta, dor abdominal. O norovírus é transmitido por alimentos e água contaminados, além de por contato com pessoas infectadas. 

Regiane de Paula, coordenadora em saúde da Coordenadoria de Controle de Doenças Secretaria de Saúde, afirmou que o órgão ainda está investigando, em conjunto com a  Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Sabesp e os municípios da Baixada Santista, a causa das infecções. 

Uma hipótese, porém, pode ser a poluição de dezenas de praias do litoral paulista. Segundo uma análise mais recente da Cetesb, de 175 praias monitoradas, 51 estão impróprias para banho - ou seja, contêm bactérias fecais, como a bactéria Enterococcus, que causam uma série de infecções gastrointestinais. 

O surto de virose no litoral paulista começou antes do Natal, e mais de 7 mil casos de gastroenterite foram notificados em diversos municípios da Baixada Santista. 

Prevenção ao norovírus

Para evitar infecção de norovírus, é recomendado:

  • Manter uma boa higiene, principalmente a lavagem frequente das mãos com água e sabão;
  • Consumir somente água filtrada;
  • Evitar alimentos mal-cozidos;
  • Mantenha alimentos bem refrigerados;
  • Não consuma gelo, "raspadinhas", "sacolés", sucos e água mineral de procedência desconhecida;
  • Evite banho no mar 24h após fortes chuvas;

Tratamento

As principais recomendações envolvem beber bastante água para manter a hidratação e repouso. Porém, em casos mais graves de diarreia e vômito, pode ser preciso tomar medicamentos, que devem ser administrados somente com supervisão médica.

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