O Drex (sigla para "real digital eletrônico") é uma versão "tokenizada" da moeda brasileira, o real. Ou seja, é uma representação da moeda tradicional em forma de token (o equivalente digital de uma moeda física), criado para permitir transações mais rápidas e seguras, e 100% digitais.
Ao contrário de uma criptomoeda convencional, o Drex é regulado pela autoridade monetária central (isto é, pelo Banco Central do Brasil) e lastreado ao real — é, portanto, uma CBDC, a sigla para "Central Bank Digital Currency", ou "moeda digital do banco central".
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A diferença é que a moeda digital do Brasil funciona a partir de tecnologia blockchain, uma rede descentralizada que registra transações de maneira segura (com criptografia de dados) e em cadeia (conecta-se em blocos a vários nós de uma rede de pagamentos, que verificam constantemente sua legitimidade).
Usos do Drex até agora
Até hoje, já foram feitas pelo menos três transações com a moeda virtual, o 'real digital', dentro do seu projeto-piloto — visto que ela ainda não foi lançada para o uso geral.
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Um desses experimentos foi feito entre duas instituições bancárias privadas, o BTG Pactual e o banco Itaú, entre suas carteiras digitais (a moeda foi enviada para um e, depois, enviada novamente para o outro, para testar sua compatibilidade e a eficiência da rede de pagamento).
A segunda ocasião foi entre dois bancos públicos: numa transação entre Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.
Em seguida, em setembro de 2023, uma transação interbancária entre um banco público (a Caixa) e um privado (o banco digital Inter) marcou a primeira transferência dessa espécie, em que foram emitidos e transferidos R$ 77,77 de valor em Drex. A transação foi feita no ambiente de testes do Banco Central, como informou o Inter à época.
As possibilidades abertas pela adoção do Drex, que deve ocorrer entre o público geral a partir de 2025, são diversas: de financiamentos rápidos de imóveis (que também serão "ativos tokenizados", ou seja, representados como um token digital na rede Drex) à facilitação do uso de transações digitais por pessoas sem acesso a sistemas bancários (ou seja, não vinculadas a um banco).
Isso significa que, com o Drex, vai ser possível realizar transferências diretamente entre indivíduos (peer-to-peer), sem necessidade de um intermediário bancário. Isso pode ser feito por meio de aplicativos ou plataformas conectadas ao Drex.
Uma outra inovação seriam os contratos inteligentes, por meio dos quais é possível liquidar pagamentos e receber os direitos de propriedade de um bem simultaneamente. É, de forma simplificada, uma "digitalização da economia real", em que um sistema virtual substituiria a necessidade de intermediação.