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Mangaratiba: navio-patrulha da Marinha tem novo investimento de R$ 7,6 milhões e previsão para 2026

Embarcação é parte do 2° lote de quatro unidades, e teve sua construção ordenada ainda em 2013; após diversos atrasos na entrega, a nova data prevista é dezembro de 2026

Navio-Patrulha Mangaratiba sendo construído no AMRJ - 2024.Créditos: Marinha do Brasil
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O navio-patrulha Mangaratiba, da Classe Macaé, ordenado pela Marinha do Brasil em 2009 como parte do 2° lote de quatro unidades, recebeu mais um aporte para a sua construção, cuja conclusão está prevista para 2026. 

O investimento, no valor de R$ 7,6 milhões, foi feito a partir de um contrato com a empresa PRESTENAVI, de São Gonçalo (RJ), especializada em serviços técnicos navais, que deve dar continuidade ao projeto de construção da embarcação até dezembro de 2026.

A contratação prevê, além da fabricação, atividades de alinhamento, instalação, testes e comissionamento dos sistemas de propulsão e governo da embarcação, informa peça no Diário Oficial da União. 

Atraso na entrega

O Mangaratiba começou a ser construído pelo estaleiro EISA, no Rio de Janeiro, ainda em dezembro de 2013; inicialmente, sua entrega estava prevista para 2015.

No entanto, devido a conflitos internos da construtora, que envolviam problemas de gestão e alegações de corrupção, a Marinha do Brasil iniciou uma ação judicial para a recuperação dos casos de dois navios que estavam sob a jurisdição da EISA: o NPa Maracanã P-72 e o NPa Mangaratiba P-75. Esse último foi transferido para o Arsenal da Marinha do Rio de Janeiro em 2017. 

O Mangaratiba, cujo nome é a junção de duas palavras de origem indígena — mangara, que significa "ponta da banana", e tiba, "local onde existe abundância" —, deve servir para o patrulhamento e a fiscalização naval, além da proteção dos campos de petróleo brasileiros ao longo das Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB) e da Margem Equatorial

Características

O Mangaratiba deve ser equipado com sistemas de navegação Sperry Marina Vision-Master FT-250, de alta definição, compatíveis com outros sistemas integrados (como o Electronic Chart Display and Information System e o Automatic Identification System); eles permitem, além disso, o compartilhamento de dados entre diversas estações a bordo. 

Navio-patrulha Mangaratiba P-70, classe Macaé. Créditos: Marinha do Brasil

Outros equipamentos incluem sistemas avançados de radares, controles e gravadores que permitam o planejamento avançado de rotas e navegação. 

A embarcação, que deve ter cerca de de 55,6 metros, pesa 500 toneladas e tem uma velocidade máxima de 21 nós, com um raio de ação de 15 nós e uma autonomia de 10 dias.

Ela deve oferecer suporte, ainda, para um canhão 40mm L70 (AOS) e duas metralhadoras 20mm GAM B01-2.

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