BRICS

BRICS: as cinco prioridades do Brasil na presidência do bloco

Veja quais foram os cinco focos estabelecidos pela presidência do Brasil à frente dos Brics em 2025, sob o lema "Fortalecendo a Cooperação do Sul Global por uma Governança mais Inclusiva e Sustentável"

Bandeiras de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.Créditos: Pixabay
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Com a passagem de 2024 para 2025, o Brasil finalmente assume a presidência rotativa dos Brics (grupo de cooperação político-econômica formado principalmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). 

O logotipo escolhido para o grupo, ainda no final de 2024, foi uma árvore amazônica de tradição milenar, a sumaúma (também chamada samaúma pelos povos amazônicos), cujo significado presta uma reverência aos laços de cooperação entre os países. 

Leia também: Brics: árvore amazônica ‘sagrada’ é escolhida como novo símbolo do grupo | Revista Fórum

Agora, a partir de 1° de janeiro de 2025, cabe ao governo brasileiro instituir seus principais focos temáticos para a presidência do grupo ao longo do ano, sob o lema "Fortalecendo a Cooperação do Sul Global por uma Governança mais Inclusiva e Sustentável", escolhido pela presidência, conforme comunicado do governo federal.

A soma dos países a compor o Brics de maneira oficial já corresponde a 40% da população global, informa a Agência Gov, e as regiões integradas representam as maiores tendências de crescimento esperadas para a próxima década, aponta o último levantamento mundial do FMI (Fundo Monetário Internacional). É 37% da economia mundial em PIB e 44% das reservas de petróleo já descobertas, além de 35% de todas as reservas de gás. Uma responsabilidade e tanto. 

Brasil na presidência dos Brics: cooperação Sul-Sul e reforma da governança global

A agenda do Brasil para o grupo, afirma o comunicado do Planalto desta quarta-feira (1/1), deve se concentrar em dois eixos: a cooperação Sul-Sul e a reforma da governança global, que já havia sido uma demanda apresentada pelo presidente Lula durante o fórum mundial das Nações Unidas em 2024.

As prioridades da agenda, por sua vez, são definidas em cinco ações práticas, dedicadas ao fortalecimento institucional dos Brics (a quinta meta) e ao avanço de políticas de desenvolvimento sustentável.

São elas:

  1. Facilitação do comércio e investimentos entre os países do agrupamento, por meio do desenvolvimento de meios de pagamento
  2. Promoção da governança inclusiva e responsável da Inteligência Artificial para o desenvolvimento
  3. Aprimoramento das estruturas de financiamento para enfrentar as mudanças climáticas, em diálogo com a COP 30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025)
  4. Estímulo aos projetos de cooperação entre países do Sul Global, com foco em saúde pública
  5. Fortalecimento institucional do BRICS. 

Como nota o comunicado, é função do Brasil organizar e coordenar as reuniões do grupo, que devem ocorrer entre fevereiro e julho de 2025, somando mais de 100 encontros totais até lá.

Este ano, a Cúpula do Brics vai ocorrer, em julho, no Rio de Janeiro.

O Brasil também deve sediar, em novembro de 2025, a edição número 30 da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), em Belém - PA.

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