O ar de maior respeito e normalidade do debate com os candidatos à Prefeitura de São Paulo realizado na Record TV, no sábado (28) à noite, foi realmente apenas passageiro e a baixaria retornou à atmosfera eleitoral da maior cidade do Brasil. Na manhã desta segunda (30), no debate realizado pelo Uol/Folha, um festival de barbaridades e discussões bizantinas ocupou boa parte do tempo destinado a discutir ideias e propostas.
Assim que o encontro foi encerrado, com o clima de “programa do Ratinho” já reinando, o coach goiano condenado por integrar uma quadrilha de golpistas Pablo Marçal (PRTB) foi ao magma da escrotidão e chamou a deputada Tabata Amaral (PSB), sua adversária, de ‘talarica’.
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“Se alguém for no Google e pesquisar as coisas que você fez com a mulher que ia casar com o cara que você namora... Você destruiu o sonho de uma mulher que tinha sete anos de namoro... Eu só tenho a dizer que você é uma talarica, Tabata. Você tinha que respeitar as mulheres”, disse o postulante de extrema direita.
O termo “talarico”, neste caso usado no feminino, é uma gíria usada em todo o país para designar uma pessoa que manifesta interesse pelo parceiro ou parceira do outro, ou até mesmo “rouba” ou “tenta roubar” o companheiro ou companheira amoroso de alguém.
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Pouco antes, numa outra manifestação baixa e bizarra, ele disse a Tabata que “mulheres não votam em mulheres, porque mulheres são inteligentes”.
Por que Marçal usou tal expediente baixíssimo
Tabata Amaral é namorada do prefeito do Recife, João Campos (PSB), ex-deputado federal e filho do ex-governador Eduardo Campos, morto num acidente aéreo em 2014, na cidade de Santos (SP), quando estava em campanha pela Presidência da República. O relacionamento de Tabata e João tem mais de quatro anos.
Antes deles terem um envolvimento, João era noivo de Lara Santana, com quem manteve um relacionamento por sete anos. A jovem é filha da deputada estadual Simone Santana (PSB) e do candidato a prefeito de Ipojuca (PE) Carlos Santana.
Como Tabata e João estiveram se relacionando num período relativamente próximo ao compromisso anterior do atual prefeito recifense, Marçal tentou estabelecer uma ilação entre esses fatos para atacar de maneira rasteira a candidata do PSB à Prefeitura de São Paulo.