O cantor Gusttavo Lima teve a sua prisão preventiva, que não tem prazo para terminar, decretada na tarde desta segunda-feira (23), por suspeita de ter ajudado José André da Rocha Neto (dono da casa de apostas VaideBet) e sua esposa, Aislla Rocha, a ficaram fora do país.
Os dois são investigadas na Operação Integration. A operação é a mesma que prendeu a advogada e influenciadora Deolane Bezerra, posta em liberdade também nesta segunda-feira.
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Por conta disto, os advogados de Gusttavo Lima vão entrar com pedido no Tribunal de Justiça de Pernambuco para que a mesma decisão se estenda também ao cantor.
Segundo o desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, Deolane não poderá mudar de endereço nem se ausentar do local onde reside sem prévia autorização judicial. Além disso, ela também não poderá frequentar as empresas relacionadas ao objeto da operação ou participar de decisões das empresas, além de ser impedida de fazer publicidade para as plataformas de jogos.
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Também foram soltos pelo desembargador o CEO da Esportes da Esporte, Darwin Henrique da Silva Filho, e a mãe da influenciadora, Solange Bezerra, investigados pela mesma operação.
Nelson Wilians, advogado de Gusttavo Lima, pedirá que a prisão do cantor seja revogada sem qualquer restrição ou condição. "Ele faz shows por todo o Brasil, tem contratos a cumprir, precisa se ausentar de sua residência", diz.
O advogado afirma também que Lima tem a seu favor o fato de sua prisão preventiva ter sido determinada 20 dias depois das outras. Para os representantes do músico, a alegação de que o cantor ajudou acusados a ficarem fora do país é fraca, pois a viagem teria ocorrido antes de a prisão desses investigados serem decretadas.
Cantor está em Miami
Após ter sua prisão decretada, Gusttavo Lima confirmou que se encontra em Miami, nos Estados Unidos.
A informação havia sido divulgada pelo colunista Léo Dias, que afirmou ter conversado com o cantor depois da ordem de prisão. Após a repercussão, Gusttavo Lima publicou uma nota por meio de sua assessoria confirmando seu paradeiro. “Estou em Miami (EUA)”, disse. “Eu não fiz nada de errado e nem tem nada contra mim. Essa prisão vai ser revogada eu tenho fé em Deus”, completou.
A suspeita é que ele tenha fugido do país antes da ordem de prisão, já que também é apontado de ajudar foragidos investigados na mesma operação que levou à sua ordem de prisão.
No despacho, a juíza afirma que “é imperioso destacar que Nivaldo Batista Lima [nome verdadeiro de Gusttavo Lima], ao dar guarida a foragidos, demonstra uma alarmante falta de consideração pela Justiça. Sua intensa relação financeira com esses indivíduos, que inclui movimentações suspeitas, levanta sérias questões sobre sua própria participação em atividades criminosas. A conexão de sua empresa com a rede de lavagem de dinheiro sugere um comprometimento que não pode ser ignorado”, escreveu a juíza.
Gusttavo Lima tem show em Marabá, no Pará, na próxima sexta-feira (27).
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