Após ter sua prisão decretada por suspeita de lavagem de dinheiro por meio de jogos de apostas online, Gusttavo Lima confirmou que se encontra em Miami, nos Estados Unidos.
A informação havia sido divulgada pelo colunista Léo Dias, que afirmou ter conversado com o cantor depois da ordem de prisão. Após a repercussão, Gusttavo Lima publicou uma nota por meio de sua assessoria confirmando seu paradeiro. “Estou em Miami (EUA)”, disse. “Eu não fiz nada de errado e nem tem nada contra mim. Essa prisão vai ser revogada eu tenho fé em Deus”, completou.
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O cantor sertanejo possui uma mansão avaliada no valor de R$ 65 milhões, que comprou em abril deste ano, em Hollywood Beach, local conhecido por ser muito frequentado por celebridades nos EUA.
A suspeita é que ele tenha fugido do país antes da ordem de prisão, já que também é apontado de ajudar foragidos investigados na mesma operação que levou à sua ordem de prisão.
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No despacho, a juíza afirma que “é imperioso destacar que Nivaldo Batista Lima [nome verdadeiro de Gusttavo Lima], ao dar guarida a foragidos, demonstra uma alarmante falta de consideração pela Justiça. Sua intensa relação financeira com esses indivíduos, que inclui movimentações suspeitas, levanta sérias questões sobre sua própria participação em atividades criminosas. A conexão de sua empresa com a rede de lavagem de dinheiro sugere um comprometimento que não pode ser ignorado”, escreveu a juíza.
Gusttavo Lima tem prisão decretada pela Justiça
O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) decretou, nesta segunda-feira (23), a prisão do cantor. A decisão ocorre no âmbito da Operação Integration, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro por meio de jogos de apostas online. A influenciadora Deolane Bezerra foi presa no âmbito da mesma investigação.
O mandado de prisão preventiva contra Gusttavo Lima foi expedido pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife. A decisão ocorre após o Ministério Público devolver o inquérito à Polícia Civil, solicitando a realização de novas diligências e recomendando a substituição das prisões preventivas por outras medidas cautelares.
Deflagrada no dia 4 de setembro, a Operação Integration resultou na prisão de Deolane e de outras pessoas suspeitas de integrarem um esquema de lavagem de dinheiro. No mesmo dia em que a operação foi deflagrada, a Polícia Civil de São Paulo apreendeu um avião que pertencia à empresa de Gusttavo Lima, a Balada Eventos.
Na ocasião, o cantor Gusttavo Lima usou as redes sociais para afirmar que não tinha mais relação com o avião apreendido. "O bebê não pode pegar uma semana de descanso! Estão dizendo aí que o meu avião foi preso, gente... Eu não tenho nada a ver com isso, me tirem fora dessa. Esse avião foi vendido no ano passado. Honra e honestidade foram as únicas coisas que sempre tive na minha vida, e isso não se negocia", declarou o sertanejo.
Outro lado
A defesa de Gusttavo Lima negou qualquer envolvimento do cantor ou de sua empresa no esquema criminoso. Segundo o advogado do bolsonarista, a Balada Eventos apenas vendeu o avião para uma das empresas investigadas e que todas as transações foram legais.
"A Balada Eventos e Gusttavo Lima não fazem parte de nenhum esquema de organização criminosa de exploração de jogos ilegais e lavagem de dinheiro", diz nota oficial da empresa.
O próprio Gusttavo, após a exibição da reportagem do "Fantástico", se manifestou. Através dos stories do Instagram, ele afirmou ser vítima de "injustiça", dizendo ainda que não permitirá "fake news" associadas ao seu nome.
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