O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a 12ª Vara Federal de Curitiba esclareça a destinação dos valores obtidos a partir do leilão de bens do doleiro Alberto Youssef, envolvido na operação Lava Jato.
Os recursos, resultantes de acordos de colaboração, deveriam ter sido utilizados para ressarcir os cofres públicos, mas não está claro o destino final das cifras milionárias.
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De acordo com matéria do site Conjur, Fachin deu um prazo de cinco dias para que a vara explique o paradeiro do dinheiro, ressaltando que as informações apresentadas até agora não são suficientes.
A renúncia dos bens de Youssef, como propriedades e carros de luxo, fazia parte de sua delação premiada, firmada em 2014, e foi celebrada como um trunfo da Lava Jato.
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A decisão de Fachin vem em meio a críticas à gestão dos recursos pela força-tarefa da Lava Jato, que, segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), movimentou mais de R$ 22 bilhões sem transparência adequada.
Em inspeção anterior, a Corregedoria Nacional de Justiça já havia identificado sinais de "gestão caótica" na destinação dos recursos obtidos por meio de acordos de delação e leniência.
Entre os bens de Youssef leiloados estão imóveis em Aparecida do Norte e Londrina, além de veículos de luxo, totalizando milhões de reais, cujo destino ainda é incerto.
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