Na noite deste domingo (4), o escritor Daniel Mastral, de 57 anos, foi encontrado morto em uma área de mata na Aldeia da Serra, em Barueri, na região metropolitana de São Paulo. O corpo apresentava um ferimento na cabeça, e as autoridades estão investigando as circunstâncias da morte, inicialmente tratada como suicídio.
Mastral, cujo nome de batismo era Marcelo Ferreira, nasceu em São Paulo em 9 de março de 1967. Ele adotou o pseudônimo em 1999 e, a partir de então, tornou-se conhecido por suas obras e palestras sobre espiritualidade, ocultismo, teologia e motivação. Seu primeiro livro, "Filho do Fogo", publicado em 2000, deu início a uma carreira literária que resultou em mais de 30 obras.
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Além de escritor, ele era um conferencista renomado, atraindo um público diverso com suas abordagens sobre temas espirituais. O autor, que se autodenominava ex-satanista, revelou em entrevistas que abandonou o satanismo após se recusar a realizar um sacrifício humano, ato que seria necessário para avançar na hierarquia da seita. Ele mantinha um canal no YouTube com mais de 780 mil inscritos, onde compartilhava suas reflexões e experiências de vida.
A Polícia Civil segue investigando as circunstâncias da morte de Daniel Mastral, cujo corpo foi encontrado por um segurança do condomínio, que acionou as autoridades imediatamente. A possibilidade de suicídio ainda não foi descartada pelas autoridades.
Polêmicas e controvérsias
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Apesar de seu sucesso literário, Mastral sempre esteve envolvido em controvérsias, principalmente relacionadas às alegações de sua ligação com o satanismo. Alguns críticos questionavam a veracidade de suas histórias, acusando-o de sensacionalismo para atrair seguidores. Mesmo assim, ele manteve uma base fiel de leitores e seguidores, principalmente através de seu canal no YouTube, onde discutia temas como espiritualidade, ocultismo e teologia. Seu trabalho gerou tanto admiração quanto ceticismo, dividindo opiniões no meio religioso e literário.
A vida pessoal de Mastral também foi marcada por tragédias, que contribuíram para o interesse público em sua figura. Em 2018, seu filho Mikhael, de 15 anos, cometeu suicídio após lutar contra uma depressão grave. Três anos depois, em 2021, Daniel perdeu sua esposa, Isabela, vítima de um infarto agudo do miocárdio, que ele atribuiu ao impacto emocional da morte do filho. Em 2022, casou-se novamente com Daiane Uechi, uma terapeuta holística, e em 2023, o casal anunciou a gravidez de seu primeiro filho. A morte do escritor, sob circunstâncias ainda investigadas, encerra uma vida marcada por altos e baixos, fé, polêmicas e controvérsias.