O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o vereador Carlos Bolsonaro, saiu do armário e declarou apoio ao candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal.
Isso chama atenção porque Marçal classificou Carlos Bolsonaro como "retardado mental" durante uma entrevista à Central das Eleições, na Globo News, realizada na terça-feira (27).
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Antes de manifestar apoio total a Pablo Marçal, Carlos Bolsonaro já havia sinalizado simpatia por Marçal. Entenda mais abaixo.
"Conversei há pouco com Pablo Marçal; foi muito educado e bacana comigo. Expusemos nossos pontos e fico feliz em ter a consciência de que queremos rumar nas mesmas direções quando falamos de Brasil", iniciou Carlos Bolsonaro.
Em seguida, Carlos Bolsonaro revelou mais sobre a conversa que teve com Marçal. "Falamos sobre o 7 de setembro, censura e tudo o que o país vem atravessando há muito tempo. Outro ponto focal em que fiz questão de frisar é que não existe a formação de um gabinete direcionado para nenhum tipo de ação e que ambos sofremos cobranças naturais no processo em que estamos dispostos a atravessar, além do sentimento que as pessoas têm quando esse assunto é abordado."
Por fim, Carlos Bolsonaro afirmou que Marçal é a melhor escolha para São Paulo. "Tenho certeza de que, com o coração mais leve, São Paulo, Rio de Janeiro e o Brasil têm a oportunidade de cumprir as demandas que o povo realmente anseia. Deixo aqui meu fraterno abraço a Pablo e que saíamos todos mais fortes para um Brasil que os brasileiros desejam."
Carlos Bolsonaro se declara para Marçal após ser chamado de "retardado"
O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), que foi classificado mais de uma vez por Pablo Marçal (PRTB), candidato à prefeitura de São Paulo, como "retardo mental," surpreendeu seus seguidores ao se declarar para o coach.
De maneira surpreendente, Carlos Bolsonaro criticou indiretamente a declaração do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que defendeu o voto nulo em um eventual segundo turno entre Marçal e Guilherme Boulos (PSOL).
"Não existe voto nulo contra a esquerda. Fizeram isso no passado com o presidente Bolsonaro, e isso ajudou a levar o PT ao poder. Hoje, passados menos de dois anos, o país está sendo devastado pela facção. Que Deus abençoe o Brasil," declarou Carlos Bolsonaro.
Quaest: Boulos segue líder, Marçal perde força e empata com Nunes em 2°
A nova pesquisa Quaest sobre a corrida pela Prefeitura de São Paulo, divulgada na tarde desta quarta-feira (28), mostra que Pablo Marçal (PRTB) não segurou a onda no “estrelato” a que foi alçado nas últimas semanas, constatado inclusive na última sondagem do Datafolha, e acabou sendo alcançado pelo atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB). Os dois estão empatados numericamente, com 19% das intenções de voto.
À frente na disputa segue Guilherme Boulos (PSOL), ainda que na teoria empatado tecnicamente com os outros dois candidatos que duelam pelos votos da extrema direita, com 22%. Na quarta posição aparece o jornalista José Luiz Datena (PSDB), com 12% da preferência do eleitorado, seguido por Tabata Amaral (PSB), que obteve 8%, e Marina Helena (Novo), com 3%.
A comparação traçada aqui é em relação a uma sondagem de outro instituto, no caso em questão, o Datafolha, que na semana passada mostrou um avanço do coach condenado por integrar uma quadrilha de fraude a bancos, deixando Nunes na terceira posição, o que indicava uma “arrancada” do goiano forasteiro que se mudou para a maior cidade do Brasil no último dia do prazo para fixação de domicílio eleitoral.
Realizada com eleitores de São Paulo, a pesquisa Quaest foi realizada entre os dias 25 e 27 de agosto e registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo SP-08379/2024. Encomendada pela TV Globo, os organizadores da sondagem indicam que a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Simulação de 2° turno
De acordo com os números da Quaest, se Guilherme Boulos fosse ao segundo turno com Pablo Marçal hoje, haveria um empate numérico com 38% dos votos para cada candidato. Se o postulante de esquerda enfrentasse Ricardo Nunes, seria derrotado pelo nome do MDB por 46% a 33%. No caso de um confronto entre Nunes e Marçal, o atual prefeito ganharia um novo mandato com 47% dos votos contra 26% do coach.
Comparando com a Quaest anterior
Normalmente a comparação entre pesquisas é feita dentro dos levantamentos de um mesmo instituto. Por essa ótica, Marçal cresceu, Nunes perdeu força e Boulos teve uma ligeira melhora. O coach do PRTB foi de 13% para 19% se espelhado com seu desempenho em julho na Quaest, enquanto o atual prefeito do MDB despencou de 24% para 19%. Neste mesmo intervalo, o candidato de esquerda do PSOL subiu de 19% para 22%, assumindo a liderança na sondagem desta quarta (28).
A Quaest de hoje mostra um movimento muito semelhante ao do Datafolha da semana passada, mas diante de uma “explosão” de intenções de voto em Marçal que ficou constatada, em uma semana de intervalo ele não subiu nada na pesquisa atual, mantendo-se em segundo, empatado numérica e tecnicamente com Nunes.