Uma das figuras do submundo político que mais esteve sob os holofotes nos últimos anos, negativamente, claro, também está relacionada diretamente ao grupo que lançou o nome de Pablo Marçal (PRTB) à Prefeitura de São Paulo. Fabrício Queiroz, o homem apontado como o operador de todos os supostos esquemas de rachadinha da família Bolsonaro, atuou politicamente para fazer com que Leonardo Avalanche, o fiador da candidatura de Marçal, chegasse à presidência do PRTB. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.
Avalanche surgiu recentemente num áudio afirmando ser integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital), a maior organização criminosa do Brasil e que opera em pelo menos 24 países. Dois de seus assessores pessoais mais próximos são apontados pela Polícia Civil de São Paulo e pelo Ministério Público como lideranças da quadrilha, que atuariam trocando carros de luxo por cargas de cocaína.
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De acordo com a reportagem da Folha, no dia em que ocorreu a eleição para a escolha dos líderes da sigla, Queiroz trocou mensagens com um filiado que era integrante da chapa de oposição a Avalanche para convencê-lo a trocar de lado.
“Vem com a gente. Ligamos e você já estava dormindo. Vamos conversar antes? Estou aqui no estacionamento”, teria escrito Queiroz no interior de um veículo que estava parado no pátio do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ). A proposta foi recusada pelo interlocutor.
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À Folha, Queiroz confirmou o contato e ainda se justificou. “O PRTB é o único partido, tipo assim, genuíno de direita. O pessoal me pediu ajuda e eu falei: ‘vou arrumar um voto para vocês’”, respondeu o homem que um dia foi uma das peças mais centrais nos esquemas do antigo clã presidencial.