Com base em parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Mores determinou a apreensão do aparelho celular de seu ex-auxiliar, Eduardo Tagliaferro, nesta quinta-feira (22).
A medida faz parte da investigação que corre no inquérito aberto na segunda-feira (19) para apurar o vazamento de mensagens que resultou em matéria divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo. A Polícia Federal investiga possível crime de violação de segredo funcional e o Moraes é o relator do inquérito que investiga seu ex-auxiliar.
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Tagliaferro depôs nesta quinta-feira à Polícia Federal em São Paulo e se negou a entregar seu aparelho celular para a perícia, segundo divulgou a PF. A delegada Luciana Matutino Caires, responsável pela apuração do caso, destacou que é necessária a análise dos arquivos e comunicações que possam estar no celular.
Eduardo Tagliaferro nega vazamento
O ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED), do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou ter vazado as mensagens.
Ele afirmou, em seu depoimento de duas horas, que nunca foi procurado e que não teria procurado ninguém para negociar o material em troca de dinheiro. Disse ainda que entregou o aparelho desbloqueado no âmbito da investigação promovida pela delegacia de Caieiras, cidade da Grande São Paulo, onde foi detido em 9 de maio de 2023 por denúncia de violência doméstica. Tagliaferro diz ter recebido o aparelho seis dias depois "corrompido".