HISTÓRICO DE CHILIQUES

Padre bolsonarista dirige bêbado e tenta subornar PMs: "sou famoso, vão se arrepender"; VÍDEO

No carro, polícia encontrou cerveja e arma. Danillo Netto teve que ser algemado após agredir os agentes. Em 2022, ele já havia tido um chilique e arrancado a batina durante a missa após mandar eleitores de Lula embora

Padre bolsonarista Danillo Neto foi preso por dirigir bêbado. Ele já havia dado chilique em missa após vitória de Lula.Créditos: Reprodução de vídeo / Instagram e Rede X
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Apoiador de Jair Bolsonaro (PL) e negacionista durante a pandemia da Covid-19, o padre goiano Danillo Joaquim Costa Netto foi preso na rodovia GO-010, no município de Bonfinópolis,  na região metropolitana de Goiânia, ao dirigir bêbado e tentar subornar policiais no último domingo (28).

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Danillo foi parado após dirigir em zigue-zague pela rodovia e quase atropelas dois ciclistas. Em vídeo divulgado nas redes, gravado durante a abordagem, o padre confessa que tomou umas cervejas e está "embriagado".

Ele ainda tenta usar a "influência" para oferecer subornos aos policiais para o acompanharem até a casa onde mora.

"Eu pago o valor que vocês quiserem, mas por favor, só me acompanhem até à minha casa para que eu possa dormir. Quem você acha que é? Eu tenho influência", disse o bolsonarista.

No carro, a PM encontrou latas de cerveja e uma arma de fogo com 17 munições. 

Na hora da abordagem, o padre ainda se recusou a entregar os documentos. "Eu sou o padre famoso que aparece no jornal, vocês vão se arrepender de fazer isso", teria dito, segundo a afiliada local da Globo.

Em seguida, ele teria ameaçado os PMs ao ser colocado dentro da viatura. "Amanhã vocês vão estar em todos os jornais, eu vou acabar com vocês", disse o padre segundo a Polícia Penal.

Danillo, que estava sem o documento do veículo, ainda teria desacatado uma PM mulher que participou da abordagem. 

"Com você, eu falo do jeito que eu quiser. Me fala seu nome que amanhã você vai perder esse seu cargo aí. Eu não vou te obedecer", disse Danillo Costa de acordo com os relatos da Polícia Penal.

Danillo, então, começou a agredir os PMs e teve que ser algemado para ser colocado no camburão. Chutando a grade, ele continuou atacando os PMs.

Ele passou por audiência de custódia nesta terça-feira (30) e vai responder por dirigir embriagado, porte ilegal de arma de fogo e por tentativa de suborno.

Ao G1, a defesa afirmou que houve possíveis abusos de autoridade por parte dos policias.

Arrancou a batina

Danillo Netto tem histórico de chiliques e abuso de autoridade, sempre atrelado à defesa de Jair Bolsonaro (PL).

Em novembro de 2022, após a derrota do ex-presidente para Lula, o padre surtou, tirou a batina durante a missa e jogou sobre o púlpito ao ser confrontando em uma discussão política no sermão.

O caso aconteceu em uma igreja de Nerópolis, na Região Metropolitana de Goiânia. 

Durante a missa, Danillo teria pedido aos que votaram em Lula para irem embora da igreja. Uma mulher se recusou e começou a discutir com ele. Outros fiéis se levantaram e fizeram o "L", de Lula.

Danillo, então, teve o chilique. “É? Então beleza. Vocês não precisam de padre. Então, estou deixando a paróquia”, disse o sacerdote antes de tirar a batina e deixar o altar.

Nas redes, o padre fez campanha para Bolsonaro e atacou Lula, além de se alinhar ao discurso negacionista na pandemia.