O crime brutal, ocorrido no dia 8 de junho em Santos, litoral de São Paulo, chocou o país e teve mais um desdobramento. O sistema de monitoramento da prefeitura registrou o momento em que o empresário Tiago Gomes de Souza desfere uma “voadora” em Cesar Fine Torresi, de 77 anos. O idoso sofreu três paradas cardíacas e acabou morrendo.
O acusado, de 39 anos, foi preso. Cesar Fine Torresi atravessava a Rua Pirajá da Silva de mãos dadas com o neto, de 11 anos, próximo a um shopping da cidade.
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O boletim de ocorrência (BO) aponta que Tiago dirigia um carro Jeep Commander e brecou bruscamente, momento em que o idoso apoiou as mãos sobre o capô. O motorista, enfurecido, saiu do automóvel e o chutou no peito.
As imagens mostram o momento em que Cesar foi brutalmente agredido pelo empresário, embora a distância da localização da câmera e do local da agressão prejudique a obtenção de mais detalhes do crime.
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De acordo com o vídeo, Tiago corre em direção ao idoso, passa por cima do canteiro e golpeia a vítima. Durante a reconstituição do crime, o agressor afirmou à polícia que acertou o idoso abaixo do quadril. Porém, segundo a delegada Liliane Doretto, a versão não é compatível com o laudo preliminar da causa da morte.
O que diz o Ministério Público
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou Tiago Gomes de Souza por matar Cesar Finé Torresi, com uma “voadora” no peito. A Justiça recebeu a denúncia e determinou o prazo de dez dias para a defesa do acusado se manifestar. Na decisão, emitida no domingo (16), o pedido de prisão domiciliar do empresário foi negado.
O promotor de Justiça Fabio Perez Fernandes considerou que a agressão se deu por um motivo fútil e que Tiago não deu chance de defesa ao idoso. Com o chute que o agressor assumiu ter desferido contra o tórax de Cesar, ele caiu e bateu a cabeça no chão com muita força.
A queda fez com que o idoso sofresse um traumatismo cranioencefálico, morrendo poucas horas depois de ser socorrido e levado para uma UPA. O promotor destacou, também, que, ao dar o chute, Tiago “sabia do risco – e com ele consentiu – de causar uma queda que poderia ser mortal, como de fato foi”.
Diante do quadro, o promotor denunciou o empresário pelo crime de homicídio qualificado, por motivo fútil e impossibilidade de defesa. Fernandes solicitou, ainda, a realização de uma audiência para ouvir o filho do idoso, uma testemunha e policiais militares que atenderam à ocorrência.
Além disso, o promotor pediu uma reparação por danos morais no valor de R$ 300 mil. O dinheiro será destinado aos herdeiros da vítima.