BARBÁRIE

Empresário que matou idoso com "voadora" é indiciado por homicídio

Tiago Gomes de Souza, de 39 anos, disse durante a reconstituição do crime que teve um "ataque de fúria"

Empresário que matou idoso com voadora é indiciado por homicídio.Créditos: Reprodução redes sociais
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O empresário Tiago Gomes de Souza, que matou o idoso Cesar Fine Torresi, 77, com uma voadora, foi indiciado pela Polícia Civil pelo crime de homicídio. O crime, que chocou o Brasil, aconteceu na cidade de Santos, litoral paulista.

Cesar Fine Torresi foi morto em Santos, no litoral de São Paulo, pouco antes das 17h do último sábado (8), após receber uma "voadora" no peito desferida por Tiago Gomes de Souza, de 39 anos, que é empresário e professor universitário. O motivo: o homem de idade, que estava acompanhado de mãos dadas com o neto de 11 anos, atravessou uma rua de um movimentado bairro, nas proximidades do maior shopping da cidade, fora da faixa de pedestres.

VÍDEO: após matar idoso com voadora, suspeito chora, se ajoelha e pede perdão


Tiago Gomes de Souza, de 39 anos, ficou bravo com Cesar Fine Torresi, de 77, na tarde do último sábado (8), por ele ter atravessado com o neto, de 11 anos, na frente do seu carro, em frente a um shopping em Santos, no litoral de São Paulo. A atitude provocou uma freada busca. Souza, então, não teve dúvidas. Saiu do seu veículo e deu uma voadora no idoso, que não resistiu e morreu, após três paradas cardíacas.

Nesta última quinta-feira (13), o motorista foi levado pela polícia de volta ao local do crime, para a reconstituição. Ao chegar lá, diante de uma multidão enfurecida que berrava por justiça e o chamava de “assassino”, ele ajoelhou, pediu perdão e afirmou que se descontrolou e teve “um ataque de fúria”.

A reconstituição do crime brutal que chocou o país contou com a presença de, além do próprio suspeito, seu advogado Eugênio Malavasi, um promotor do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e autoridades policiais. Bruno Cesar Fine Torresi, filho da vítima, também participou.

Três versões foram reproduzidas durante a reconstrução: a do autor do crime, do neto da vítima e de uma testemunha - um médico que auxiliou nos primeiros socorros de Cesar e viu apenas parte do ocorrido.

Segundo a delegada Liliane Lopes Doretto, do 3° Distrito Policial da cidade, "ele [Tiago] nem estacionou o carro. Simplesmente desceu, deixou a chave ali e foi atrás do senhor. Ele diz que houve uma discussão. O neto diz que não."

Liliane contou também que Tiago afirmou sofrer de transtornos psicológicos e que, embora faça tratamento com medicamentos, sofreu um 'ataque de fúria' na data dos fatos. Ainda, segundo ela, não foram encontradas ainda imagens que tenham registrado o crime. Ela também pediu a colaboração de outras pessoas que estavam no local para auxiliar nas investigações.

"Houve um idoso que até tirou a chave do carro [do Tiago], segundo fontes informais, para ele não fugir na ocasião. Essas pessoas não se solidarizaram em ir à delegacia para prestar depoimento e isso é muito importante para que a gente tenha a busca real dos fatos", disse Liliane.

Veja o vídeo abaixo:

O que diz a defesa

O advogado Eugênio Malavasi, que faz a defesa de Tiago, afirmou ao g1 que o cliente reproduziu o caso de acordo com o depoimento prestado à autoridade policial na delegacia.

Segundo ele, seu cliente confessou a agressão e relatou que faz uso de medicamentos prescritos por psiquiatra. Ele disse ainda que a defesa não busca impunidade.

"A defesa vai buscar o que é justo. Não houve homicídio na visão defensiva. Houve sim uma lesão corporal seguida de morte". Ele diz ainda que vai entrar com pedido de prisão domiciliar por conta do problema psiquiátrico do suspeito, que é pai de três crianças.