JUSTIÇA

Santa Catarina: prefeito infarta na cadeia e vai para prisão domiciliar

Luis Gustavo Cancellier está afastado da afastado da Prefeitura de Urussanga e é acusado de fazer compras irregulares de imóveis na região

Luiz Gustavo Cancellier (PP), prefeito de Urussanga (SC).Créditos: Reprodução /Instagram
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Luiz Gustavo Cancellier (PP), prefeito de Urussanga, no sul de Santa Catarina, sofreu um infarto nesta quinta-feira (23) em plena penitenciária de Criciúma, onde está preso desde 16 de abril, e teve, em seguida, uma prisão domiciliar concedida pela Justiça.

Cancellier tem 53 anos e seu pai faleceu aos 52, vítima de um infarto. Ele chegou a ser levado ao posto de saúde do presídio, onde recebeu atendimento médico e foi liberado em seguida. Sua defesa então entrou com o pedido para a prisão domiciliar apoiada no estado de saúde e histórico familiar do cliente.

O Ministério Público se mostrou contrário ao pedido, mas o Tribunal de Justiça de Santa Catarina levou em consideração o quadro médico em sua decisão.

O despacho assinado pelo desembargador Antonio Zoldan da Veiga, do TJ-SC, autorizou o prefeito a cumprir pena em casa enquanto trata do problema de saúde, mas o mantém afastado do cargo. Também obriga Cancellier a apresentar exames em até 10 dias para atualizar seu estado de saúde.

A medida vale por 45 dias, quando será reanalisada. A defesa do prefeito não comentou o caso com os meios de comunicação locais. Ele está no seu segundo mandato e já foi afastado do cargo em 2021 após ser alvo da Operação Benedetta, que o acusou de superfaturar serviços na gestão municipal.

Após cerca de um ano afastado, foi novamente alvo de outra operação em dezembro de 2022. Na ocasião, a Operação Wotan apurava possível crime de corrupção ativa. O prefeito acabou inocentado.

Dessa vez, Cancellier está entre as duas dezenas de prefeitos catarinenses presos por corrupção no âmbito da Operação Terra Nostra, da Polícia Civil do Estado. Acusado de fazer compras irregulares de imóveis em Urussanga, foi detido em abril quando a segunda fase da operação foi deflagrada.

As principais acusações versam sobre as compras superfaturadas de terrenos pela Prefeitura. Um desses terrenos seria destinado à construção de um parque industrial, enquanto o outro daria lugar a uma nova garagem municipal.

Na primeira fase da operação, em janeiro, outros 18 prefeitos acabaram presos. Clique aqui e relembre o caso.