A tragédia das chuvas no Rio Grande do Sul se agravou nas últimas horas e o número de mortos no estado chegou a 31, conformes reportes oficiais do governo estadual e de prefeituras. Há ainda 60 pessoas desaparecidas, 36 feridas, com 71,3 mil afetados diretamente pelo fenômeno climático, sendo 14,8 mil estão desabrigados. As autoridades informam que 4.645 pessoas se encontram neste momento em abrigos públicos.
Dos 497 municípios do Rio Grande do Sul, 147 sofreu algum tipo de dano grave por conta dos temporais. No entanto, a situação é especialmente mais dramática na região da Serra Gaúcha. A barragem 14 de julho, localizada entre as cidades de Cotiporã e Bento Gonçalves, se rompeu parcialmente nesta tarde, fazendo com que o nível do rio Taquari subisse consideravelmente.
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O governo estadual emitiu um alerta para que moradores de vários municípios da Serra Gaúcha e do Vale do Taqueri, como Santa Tereza, Muçum, Roca Sales, Arroio do Meio, Encantado, Colinas e Lajeado, deixem suas casas, uma vez que o nível do curso d’água subiu 31,2 metros nesta quinta (2). O governador gaúcho, Eduardo Leite (PSDB), disse a jornalistas que esta certamente é “a maior desastre climático da história do estado”. Ele recebeu a visita do presidente Lula (PT) esta tarde e ouviu do chefe de Estado, que estava acompanhado de ministros, comandantes militares e o líder da Defesa Civil Nacional, que “dinheiro não faltará” para a reconstrução do que estiver danificado.
O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) manteve o alerta vermelho para grande parte do território gaúcho até pelo menos as 15h desta quinta (2), prevendo que a região ainda teria fortes chuvas, granizo, ventos intensos e descargas elétricas. As buscas, que são realizadas por todo o efetivo do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul, da Brigada Militar e por agentes das defesas civis do estado e dos municípios, seguem sem previsão de encerramento, em que pese as dificuldades impostas pelo temporal que não cessa.