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Lula ordena estudo com agência alemã para obra que acabe com cheias em Porto Alegre

Com inércia de governos locais, presidente determinou que projeto complexo tenha início para que capital gaúcha nunca mais seja inundada, assim como a área metropolitana

Lula sobrevoa áreas alagadas no RS.Créditos: Ricardo Stuckert
Escrito en BRASIL el

O presidente Lula (PT) determinou ao Ministério dos Transportes que entre em contato imediatamente com uma agência alemã, uma das mais especializadas do mundo em contenção de marés e elevação de cursos d’água, para dar início a um estudo que leve a um projeto que ponha fim de forma definitiva às inundações em Porto Alegre. A informação foi confirmada pelo ministro da pasta, Renan Filho, à GloboNews.

Segundo a jornalista Ana Flor, o chefe de Estado brasileiro quer que um sistema mais moderno e eficiente de diques encerre de vez o drama sofrido pela capital gaúcha periodicamente. Renan Filho disso que o estudo será realizado em três partes. O primeiro deles é uma análise detalhada dos técnicos para que as águas sejam contidas ainda na serra e no Vale do Rio Taquari, impedindo que ela chegue em grande volume à Região Metropolitana de Porto Alegre, o que pode exigir uma restauração completa das matas daquelas localidades e a remoção de habitantes das zonas próximas, o que resultaria numa chegada menos brusca das águas ao Lago Guaíba.

Num segundo momento, a preocupação é em aumentar a vazão do Lago Guaíba e da Lagoa dos Patos, que são duas áreas que mesmo sem chuvas apresentam dificuldade em esvaziar após uma grande cheia, o que poderia envolver a construção de um canal para esse escoamento mais célere.

Por fim, será necessária uma revisão da totalidade dos diques que já existem em Porto Alegre e áreas adjacentes, para que outras falhas nesse processo de contenção das águas não voltem a ocorrer. O que se sabe preliminarmente é que o a inundação deste ano teria acontecido por um mau funcionamento desse mecanismo, que é antigo (inaugurado em 1974), e que não teria recebido manutenção adequada nas últimas décadas por desleixo dos governos locais, em nível estadual e municipal.