22 ANOS DEPOIS

Andreas Von Richthofen detona carta de Daniel Cravinhos pedindo encontro e perdão; ouça

"Como seria bom ter você ao meu lado, correndo em uma moto. Lembra do mobilete que construímos juntos?", diz Daniel Cravinhos na tentativa de aproximação do irmão de Suzane Von Richtofen.

Andreas Von Richthofen e Daniel Cravinhos.Créditos: Reprodução SBT / Instagram
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Recluso desde o assassinato dos pais, há 22 anos, pela irmã, Suzane, e os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, Andreas Von Richtofen detonou, em entrevista gravada às escondidas pelo programa ‘Tá Na Hora’, do SBT, a carta escrita em que um dos assassinos pede perdão a ele.

Na terça-feira (16), Daniel Cravinhos divulgou uma carta pelo blog True Crime, do jornal O Globo, endereçada a Andreas em que diz que "após sete anos de reflexão, finalmente encontro coragem para escrever a você".

"Sinto-me apreensivo com a sua possível reação ao ler essa carta. Recentemente, tomei conhecimento de notícias suas por meio de amigos em comum e pela imprensa, o que me levou a tomar a decisão de pôr para fora o que estou sentindo", escreve Daniel, que namorava Suzane à época do crime e foi um dos executores do assassinato.

No texto, Daniel busca fazer um apelo emocional a Andreas, que tinha 14 anos quando os pais foram assassinados.

"Há duas décadas, desde aquele fatídico dia, carrego o peso do arrependimento e da culpa, ciente de que minhas ações trouxeram tamanha tragédia para nossas vidas. Desde sempre penso em você, a maior vítima de tudo o que aconteceu. Hoje, ao praticar motovelocidade, a imagem do seu rosto vem à minha mente. Como seria bom ter você ao meu lado, correndo em uma moto. Lembra do mobilete que construímos juntos?", indaga.

Cravinhos ainda diz que gostaria de encontrar Daniel e dar-lhe um abraço. Os dois, segundo o rapaz que deixou a prisão em 2017, moram em sítos próximos, na cidade de São Roque, em São Paulo.

"Minha mente está em turbilhão, pois meu desejo mais profundo é ter o seu perdão. As palavras mal conseguem expressar a intensidade de minha angústia e remorso. Minhas mãos tremem enquanto escrevo, e cada linha é uma batalha contra os fantasmas do passado", diz Daniel.

Na entrevista, no entanto, Andreas Von Richthofen detona os pedidos de perdão e de aproximação de Daniel.

"Não vou servir chazinho para os caras, fica difícil. Marretaram a cabeça do seu pai e você vai dançar ciranda com o sujeito depois?", diz.

Veja.