Segundo laudo da Polícia Civil do Rio de Janeiro feito no corpo de Paulo Roberto Braga, de 68 anos, ele já estava morto quando chegou à agência bancária. O documento derruba, portanto, a versão da defesa da sobrinha Erika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos. Ela afirma que ele teria morrido na agência.
O próximo passo da investigação, segundo o delegado, será identificar o motorista de aplicativo que levou Erika e Paulo até o banco. Ele quer entender quem colocou e como colocou o idoso do veículo.
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Entenda o caso
Erika foi presa em flagrante após levar o cadáver do seu tio a uma agência do banco Itaú na Zona Oeste do Rio para tentar um empréstimo de R$ 17 mil. Ela apareceu dando risada enquanto aguardava para ser ouvida pelo delegado Fábio Luiz, da 34ª Delegacia de Polícia (DP) nesta terça-feira (16).
O flagrante foi feito pela TV Globo. Érika aparece ao lado de um homem na sala de espera da delegacia.
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O que diz o laudo
Segundo o laudo, livores cadavéricos – acúmulos de sangue decorrentes da interrupção da circulação – indicam que Paulo não teria morrido sentado. No caso dele, os livores se acumularam na nuca, indicando que ele deve ter ido a óbito deitado.
Tudo indica, segundo o laudo, que ele tenha morrido pelo menos duas horas antes do atendimento da equipe do Samu na agência bancária.
Fábio Luiz Souza, titular da 34ª DP (Bangu), explicou:
"Não dá pra dizer o momento exato da morte. Foi constatado pelo Samu que havia livor cadavérico. Isso só acontece a partir do momento da morte, mas só é perceptível por volta de duas horas após a morte", explicou Fábio.
O exame de necropsia ainda deverá atestar se o idoso ocorreu por alguma causa natural ou se foi dado a ele alguma substância que pudesse levá-lo a morte. Além disso, a polícia também investiga se ele usava cadeira de rodas anteriormente.
Caso macabro
O caso macabro registrado no Rio de Janeiro ganhou repercussão nacional. Érika foi a uma agência bancária em Bangu, Zona Oeste da capital fluminense, levando um cadáver em uma cadeira de rodas, na tentativa de fazer um empréstimo de R$ 17 mil no nome do homem morto.
Diante do balcão com a atendente bancária, a mulher segurava a cabeça de seu tio, que já havia falecido, e insistia para que ele assinasse os documentos para obter o empréstimo. A cena foi registrada em vídeo e divulgada nas redes sociais.
“Tio, tá ouvindo? O senhor precisa assinar. Se o senhor não assinar, não tem como. Eu não posso assinar pelo senhor, o que eu posso fazer eu faço”, dizia a mulher.
Funcionárias do banco desconfiaram da situação, afirmando que o homem "não estava bem", mas a mulher rebateu: "Ele é assim mesmo".
Diante da situação bizarra, a polícia foi acionada e, quando chegou ao local, fez um chamado ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que constatou que o homem estava morto, aparentemente, já há algumas horas antes da ida à agência bancária.
Assista abaixo: