A Polícia Civil do Rio de Janeiro afirma já ter esclarecido um crime bárbaro ocorrido no domingo (14), em São João do Meriti, na Baixada Fluminense, que deixou todo o Brasil horrorizado. A menina Lara Emanuelly Braga, de apenas três anos, foi espancada até a morte pelo padrasto, Carlos Henrique da Silva Júnior, de 30 anos, e deixada na cama da casa onde a família vivia, no bairro Vila Rosali. Ele ainda deitou ao lado da menina e fingiu que estava dormindo.
Segundo as investigações, a mãe da pequena Lara, Thayssa Braga, tinha ido a uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) levar um outro filho para ser examinado por um médico. A menina ficou na residência com o padrasto e um irmão de cinco anos, que testemunhou tudo e revelou o que viu à mãe e à polícia. A versão apresentada pelas autoridades aponta para um ato insano e de extrema crueldade: Lara teria sido brutalmente surrada, até cair no chão e bater a cabeça, o que gerou um grande sangramento, porque não queria tomar banho. As informações teriam sido confirmadas pelo irmão mais velho que presenciou tudo.
De acordo com a Polícia Civil, após ter matado a menina, Carlos Henrique a vestiu, a colocou na cama numa posição em que parecia estar dormindo e ainda confirmou o “sono” da criança para o irmão. Ele deitou ao lado e foi flagrado lá pela mãe, quando ela retornou da UPA com o filho o outro filho. Detido pelos agentes de segurança, o acusado permaneceu em silêncio e não deu qualquer versão para os fatos ainda em casa, mas na delegacia ele confessou a autoria do assassinato em depoimento.
O delegado chefa da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) autuou Carlos Henrique em flagrante, pelo crime de homicídio qualificado, e a Justiça converteu sua prisão em preventiva. Ele foi encaminhado para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio Janeiro.
De acordo com vizinhos, a família seria natural de Angra dos Reis e teria ido morar em São João do Meriti há menos de três meses. Essas pessoas disseram já estar desconfiada de que o acusado vinha espancando as três crianças, filhas apenas de Thayssa. Eles afirmaram escutar muito choro e gritos constantes vindo da casa.
O pai de Lara e dos outros dois meninos, Maike Oliveira Ramos, de 28 anos, que trabalha como carregador no Ceasa, foi quem liberou o corpo da menina no Instituto Médico Legal (IML) do Rio, e estava indignado numa declaração dada ao portal g1.
“Era uma garota muito inocente, não dava trabalho nenhum. Quando ela me via, só queria ficar agarrada comigo. Era papai pra lá, papai pra cá. Eu falava para ela que a amava também. Estive com a Lara na Páscoa. Agora, no domingo de Páscoa. Eu falei pra ela que ia dar uma bonequinha. Mas aí aconteceu essa tragédia. Isto tudo está sendo muito difícil para mim”, lamentou o pai.