O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) absolveu os seis policiais militares envolvidos na morte de Cláudia Ferreira, que foi arrastada por 350 metros pela viatura da PM após ser baleada durante operação no Morro da Congonha, em Madureira, no Rio de Janeiro. O crime completou 10 anos no sábado (16).
De acordo com a Justiça, os policiais agiram em legítima defesa para repelir “uma suposta agressão de criminosos, incorrendo em erro na execução que resultou na morte de Cláudia”. A decisão foi do juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira, da 3ª Vara Criminal, e foi tomada no dia 22 de fevereiro.
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O processo tratou de duas acusações. Uma contra os PMs Rodrigo Medeiros Boaventura e Zaqueu de Jesus Pereira Bueno, acusados de homicídio por atirarem em Cláudia; e outra que tratava, além dos dois PMS, de Adir Serrano Machado, Alex Sandro da Silva Alves, Rodney Miguel Archanjo e Gustavo Ribeiro Meirelles, acusados de fraude processual por terem removido o corpo da vítima do local em que ela foi baleada.
Apesar do inquérito da Polícia Civil concluir, em 2014, que o tiro que atingiu Cláudia partiu do ponto onde estavam os dois policiais, o juiz entendeu que não houve indícios suficientes sobre a autoria dos disparos. Cláudia foi baleada durante um tiroteio entre os PMS e traficantes, quando saiu para comprar pão.
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Armas no banco traseiro
Sobre o fato de Cláudia ter sido arrastada pela viatura, a Justiça acatou os depoimentos dos PMS que alegaram que, enquanto tentavam colocar a vítima no veículo para prestar socorro, foram agredidos pela população local. Além disso, havia armas no banco traseiro e, por isso, tiveram que colocar Cláudia na boleia.
Os policiais também afirmaram que não foram avisados que a mulher havia caído do veículo e, quando se deram conta, a colocaram de volta na viatura, mas ela já não apresentava sinais vitais. Por outro lado, depoimentos de testemunhas na época do caso afirmavam que a população tentou avisar sobre o ocorrido.