A cantora e MC de batalha de rima Kisha denunciou, através das redes sociais, as agressões que sofreu de agentes da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) neste domingo (10), durante abordagem no vagão na Estação da Luz, São Paulo.
De acordo com o vídeo divulgado em seu Instagram, Kisha estava com outras mulheres rimando entre elas, sem a intenção de ganhar dinheiro no vagão. Ainda assim, agentes da CPTM as abordaram e mandaram elas desceram do trem. As mulheres questionaram a atitude e afirmaram que não iam descer pois não estavam fazendo nada de errado no local.
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Os homens, então, chamaram outros agentes, com cassetetes e armas, que retiraram as mulheres à força do vagão. Outros passageiros protestaram contra a atitude dos vigilantes, que fecharam as portas do trem, prendendo o pé de um passageiro.
Em outra publicação, Kisha afirmou que esteve na delegacia para prestar queixa e mostrou fotos do corpo machucado e das tranças arrancadas.
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“A gente estava conversando sobre causas raciais e sociais no trem, eles não aguentaram a pressão e partiram para cima da gente. Chamaram policiais rodoviários e arrancaram a Pitanga de dentro do trem. Éramos passageiras como qualquer um, conversando. Só tinha mina preta no bonde”, disse a MC, em em vídeo publicado enquanto estava na delegacia.
O que diz a CPTM
Em nota ao Alma Preta, a CPTM afirmou que está apurando a abordagem e que o grupo de mulheres foi abordado por vigilantes por estar “tumultuando a viagem dos demais passageiros”.
Ainda de acordo com a companhia, uma vigilante foi agredida por uma das mulheres após pedir que elas saíssem do trem. O caso foi registrado no 2º Distrito Policial.
A CPTM também disse “que não tolera nenhum tipo de violência nos trens e estações, seja por parte de seus colaboradores ou passageiros que utilizam o sistema. Caso seja constatada irregularidade na atuação da equipe de segurança, serão adotadas medidas administrativas.”
