Em entrevista ao programa Fórum Café desta sexta-feira (1), o ouvidor da Polícia Militar Claudinho Silva denunciou casos de tortura na Operação Escudo, executada pela PM paulista e que já matou mais de 39 pessoas na Baixada Santista.
Claudinho relatou casos de pessoas que receberam tiros no pé em tortura e até de pessoas com deficiência executadas pela Polícia Militar em Santos.
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O ouvidor criticou duramente a polícia por conta da falta de inteligência da Polícia Militar para tratar com o tráfico de drogas na Baixada.
Uma denúncia relata o caso de um jovem, primo de uma vítima executada na operação, que foi torturado com uma sacola na cabeça em troca de informações sobre o crime organizado em seu bairro.
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"É o fato de ser uma tortura. É um crime grave. E não deveria ser praticada por agentes do poder público. Outro aspecto importante é: o que se busca com essa tortura? São informações sobre o crime ou sobre o tráfico de drogas nessas imediações. Estou dizendo isso porque não estão lançando mão de ferramenta de inteligência para buscar informações sobre o que está acontecendo", relatou Claudinho à Fórum.
"Esse relato determina que de fato podem estar morrendo inocentes em razão da inteligência policial não estar sendo usada. A gente tem defendido desde a primeira operação que, ao invés de serem realizadas operações como essas, que a estrutura da segurança pública lance mão de ferramentas de inteligência para poder localizar quem atacou a polícia e quem é responsável pela morte do policial", completou.
"Em menos de seis meses tivemos dois policiais da ROTA mortos em serviço. Isso demonstra que esse modelo de segurança pública não é o modelo mais adequado nem para a polícia e nem para a sociedade civil", continua.
Confira a entrevista completa de Claudinho Silva para a TV Fórum: