JUSTIÇA

Maioria do STF nega pedido de Bolsonaro para tirar Moraes da relatoria de inquérito do golpe

Recurso pretendia reverter decisão do presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, de fevereiro, que já havia negado a pretensão do ex-presidente

Bolsonaro já havia feito o mesmo pedido em fevereiroCréditos: Antonio Augusto/STF
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Na tarde desta sexta-feira (6), o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para rejeitar o recurso impetrado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para afastar o ministro Alexandre de Moraes da relatoria do chamado inquérito do golpe.

O recurso pretendia reverter a decisão do presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, que em fevereiro já havia negado a pretensão de Bolsonaro. 

Como na época ainda não havia sido divulgado o plano para matar autoridades, revelado por investigação da Polícia Federal (PF), incluindo Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice Geraldo Alckmin (PSB), os advogados do ex-presidente resolveram recorrer à Corte novamente.

Agora, o plenário virtual analisa a nova ação. Além do voto de Barroso, os ministros Flávio Dino, Edson Fachin, Gilmar Mendes, Cristiano Zanin e Dias Toffoli votaram pela rejeição ao pedido de Bolsonaro.

Moraes está impedido de votar, pelo fato de ser alvo do pedido de afastamento. Faltam os votos de quatro ministros: Cármen Lúcia, Luiz Fux, Nunes Marques e André Mendonça.

O voto de Barroso

Em seu voto, Barroso apontou que Alexandre de Moraes não configura como vítima nas investigações do golpe.

"A simples alegação de que o ministro Alexandre de Moraes seria vítima dos delitos em apuração não conduz ao automático impedimento de sua excelência para a relatoria da causa, até mesmo porque os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e de tentativa de golpe de estado têm como sujeito passivo toda a coletividade, e não uma vítima individualizada", disse o ministro.

Bolsonaro e mais 36 aliados foram indiciados pela Polícia Federal pela tentativa de golpe. 

Com informações da Agência Brasil

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