Nesta quarta-feira (4), o agente de segurança da ViaMobilidade, que matou um homem na estação Carapicuíba, da Linha 8-Diamante, foi preso. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), a prisão do agente que é responsável pela morte de Jadson Vitor de Souza Pires, é de “caráter temporário”.
"Outros três suspeitos prestaram depoimento nesta quarta-feira (4) e continuam sendo investigados", diz a nota. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) foi enviado à autoridade policial e incorporado ao inquérito. Embora o caso tenha sido inicialmente registrado como morte "súbita acidental", o laudo apontou que a causa foi asfixia.
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O laudo do IML apresenta contradições em relação às declarações prestadas pelos seguranças à polícia. No boletim de ocorrência, os agentes da ViaMobilidade alegaram ter utilizado técnicas de imobilização restritas aos braços e pernas da vítima.
Jadson tentava acessar a estação sem pagar quando foi derrubado por um dos agentes. A ViaMobilidade afirmou que ele estava "bastante agitado" e não atendia às instruções, sendo "contido após invadir a linha de bloqueio por diversas vezes."
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O que aconteceu
Jadson Pires, de 30 anos morreu após ser brutalmente agredido por agentes da ViaMobilidade, empresa privada que administra a Linha 8 Diamante do Metrô de São Paulo. Ele ainda teria recebido um chute na cabeça de um Guarda Civil Metropolitano que acompanhava à paisana a abordagem.
Imagens divulgadas pela TV Globo mostram o homem com aparente sinais de embriaguez. Ele tenta passar pelas catracas, mas cai. Ao se levantar, um segurança dá uma rasteira e Jadson cai, sendo chutado na cabeça pelo agente da GCM à paisana.
Em seguida, dois agentes da empresa privada arrastam o homem pelas pernas. Em outro vídeo, dentro da estação, Jadson Pires aparece imobilizado. Em outra imagem, os agentes de segurança parecem perceber que o homem estava inconsciente e tentam reanimá-lo.
Ao final, uma equipe do Samu chega para resgatar o homem que, segundo a ViaMobilidade, teria morrido no hospital. A Polícia registrou no boletim de ocorrência que a morte foi súbita sem causa determinante aparente e morte acidental.
Entretanto, laudo do Instituto Médico Legal (IML) concluiu que a morte foi por asfixia mecânica em decorrência de esganadura. Em nota, a ViaMobilidade lamenta a morte e diz que abriu uma sindicância interna para apurar o caso e que os agentes envolvidos foram preventivamente afastados das funções.
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