DESUMANO

Senador bolsonarista defende PM que jogou homem de ponte: "Deveria ser do penhasco"

Jorge Seif (PL-SC) ainda acrescentou que "tomar banho no córrego foi um prêmio" para a vítima

Senador Jorge Seif (PL-SC).Créditos: Pedro França/Agência Senado
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O senador Jorge Seif (PL-SC) fez uma publicação, nesta quarta-feira (4), em sua rede social X (antigo Twitter) em que defende a ação dos policiais militares de São Paulo que arremessaram um homem de uma ponte após ele ser rendido. O parlamentar ainda acrescentou que o jovem deveria ter sido jogado do penhasco, ao invés de arremessado em um córrego. 

“Imprensa nacional demonizando a PM de SP. O erro dos policiais foi ter jogado o meliante em um córrego. Deveriam ter jogado do penhasco", disse o senador. "Porque com essa justiça sem vergonha que libera vagabundo em audiência de custódia, levar pra delegacia e ser satirizado por criminoso é o fim do mundo. Tomar um banho no córrego é prêmio”, completou. 

O senador, porém, após repercussão negativa, editou a postagem para mudar a frase "deveriam ter jogado do penhasco" para "não foi do penhasco?". Não satisfeito, ele apagou o post, mas internautas tiraram prints antes da exclusão. Veja abaixo:

Foto: Reprodução/X/Poder360

Entenda o caso

Na madrugada desta segunda-feira (2), policiais militares foram flagrados arremessando um jovem de uma ponte sobre um rio poluído. O caso aconteceu em Cidade Ademar, bairro da Zona Sul da capital paulista, e repercutiu nas redes sociais nesta terça-feira (3). 

Nas imagens, é possível ver um dos PMs levantando uma moto caída no chão, enquanto outro agente surge segurando um homem de camiseta azul. Na sequência, o policial empurra o homem da ponte. 

Confira o momento abaixo:

O caso gerou forte indignação e a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que 13 agentes foram afastados por envolvimento direto ou indireto com o caso, que segue sob investigação.

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Quem é o jovem arremessado de ponte por PM em São Paulo

A vítima foi identificada como Marcelo e trata-se de um jovem de 25 anos que trabalha como entregador de aplicativo. Em entrevista ao "Jornal Nacional", da Globo, o mecânico Antônio Donizete do Amaral, pai de Marcelo, disse que seu filho é "trabalhador" e não tem passagem pela polícia. 

"Está bem, mas não consegui falar com ele... É inadmissível, não existe isso aí. Eu acho que a polícia está aí para fazer a defesa da população e não fazer o que fez", afirmou. 

"Ele é trabalhador. Menino que sempre correu atrás do que é dele. Não tem envolvimento, não tem passagem, não tem nada. Eu gostaria de uma explicação desse policial aí e o porquê ele fez isso", declarou ainda. 

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