O senador Jorge Seif (PL-SC) fez uma publicação, nesta quarta-feira (4), em sua rede social X (antigo Twitter) em que defende a ação dos policiais militares de São Paulo que arremessaram um homem de uma ponte após ele ser rendido. O parlamentar ainda acrescentou que o jovem deveria ter sido jogado do penhasco, ao invés de arremessado em um córrego.
“Imprensa nacional demonizando a PM de SP. O erro dos policiais foi ter jogado o meliante em um córrego. Deveriam ter jogado do penhasco", disse o senador. "Porque com essa justiça sem vergonha que libera vagabundo em audiência de custódia, levar pra delegacia e ser satirizado por criminoso é o fim do mundo. Tomar um banho no córrego é prêmio”, completou.
Te podría interesar
O senador, porém, após repercussão negativa, editou a postagem para mudar a frase "deveriam ter jogado do penhasco" para "não foi do penhasco?". Não satisfeito, ele apagou o post, mas internautas tiraram prints antes da exclusão. Veja abaixo:
Entenda o caso
Na madrugada desta segunda-feira (2), policiais militares foram flagrados arremessando um jovem de uma ponte sobre um rio poluído. O caso aconteceu em Cidade Ademar, bairro da Zona Sul da capital paulista, e repercutiu nas redes sociais nesta terça-feira (3).
Te podría interesar
Nas imagens, é possível ver um dos PMs levantando uma moto caída no chão, enquanto outro agente surge segurando um homem de camiseta azul. Na sequência, o policial empurra o homem da ponte.
Confira o momento abaixo:
O caso gerou forte indignação e a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que 13 agentes foram afastados por envolvimento direto ou indireto com o caso, que segue sob investigação.
LEIA TAMBÉM: Treze policiais são afastados após agente jogar homem de ponte em SP
Quem é o jovem arremessado de ponte por PM em São Paulo
A vítima foi identificada como Marcelo e trata-se de um jovem de 25 anos que trabalha como entregador de aplicativo. Em entrevista ao "Jornal Nacional", da Globo, o mecânico Antônio Donizete do Amaral, pai de Marcelo, disse que seu filho é "trabalhador" e não tem passagem pela polícia.
"Está bem, mas não consegui falar com ele... É inadmissível, não existe isso aí. Eu acho que a polícia está aí para fazer a defesa da população e não fazer o que fez", afirmou.
"Ele é trabalhador. Menino que sempre correu atrás do que é dele. Não tem envolvimento, não tem passagem, não tem nada. Eu gostaria de uma explicação desse policial aí e o porquê ele fez isso", declarou ainda.
LEIA TAMBÉM: Comissão Arns pede demissão de Derrite e quer PF em investigação sobre violência policial
Siga o perfil da Revista Fórum e da jornalista Júlia Motta no Bluesky.