Em vídeo publicado nas redes sociais, a funcionária do Burger King, Hanna Cristiyne, denunciou supostos abusos sofridos em uma unidade da rede em Minas Gerais. A jovem, que afirma ter se afastado por problemas psicológicos, relatou ter sido suspensa por não comparecer ao trabalho em seu dia de folga: “Fui oprimida.”
Hanna também declarou ter contraído infecções urinárias diversas vezes por não poder usar o banheiro durante o expediente, além de ter enfrentado suspensão de intervalos e sobrecarga de trabalho. “No dia 21, não fui trabalhar porque tive um surto psicológico devido à pressão desse trabalho. Pedi demissão várias vezes dessa merda, mas eles não me deixam sair”, desabafou em lágrimas.
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“Já vim trabalhar doente, já vim sem comer. No dia 21, meu atestado foi por problemas psicológicos, porque esse trabalho está acabando comigo. Já pedi demissão muitas vezes, e eles nunca aceitaram, sempre dizendo que iriam melhorar ou contratar novos funcionários. E eu tentei, porque, infelizmente, a gente precisa do emprego”, relata Hanna.
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Caso não é isolado
A denúncia soma-se a outros relatos sobre abusos ligados à escala 6x1, comum em redes de fast food. Em 2023, o Ministério Público do Trabalho (MPT) abriu inquérito para investigar a empresa após um funcionário de Sergipe ter urinado nas calças por não receber permissão para ir ao banheiro. Na ocasião, a empresa “lamentou o ocorrido” e afirmou que os envolvidos foram afastados.
Em março deste ano, a rede também foi condenada em decisão unânime pela Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) após a constatação de que teria mandado um funcionário alterar data de validade de produtos vencidos.
Após a publicação do vídeo, outras pessoas começaram a compartilhar relatos semelhantes. “Trabalhei em outra empresa do mesmo grupo, e isso parece ser uma prática comum em todas as companhias controladas pela 3G Capital”, comentou um internauta.
Confira abaixo o vídeo na integra: