Após Juliana Leite Rangel, de 26 anos, ter sido baleada com um tiro de fuzil na cabeça em uma ação da Polícia Rodoviária Federal na rodovia Washington Luís (BR-040), nesta terça (24), o ministro da Justiça Ricardo Lewandowski falou sobre o caso.
"A polícia não pode combater a criminalidade cometendo crimes. As polícias federais precisam dar o exemplo às demais polícias. O lamentável incidente ocorrido nesta terça-feira (24), no Rio de Janeiro, demonstra a importância de uma normativa federal que padronize o uso da força pelas polícias em todo o país", disse ele, em nota enviada ao portal Uol.
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O ministro fez referência ao decreto que regulamenta o uso da força policial em todo o país assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicado nesta terça. O texto reúne um conjunto de regras de conduta para os profissionais de segurança pública, normatizando o uso da força e o emprego de armas de fogo pelas polícias federais e servindo como orientação para as demais forças policiais.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) disse que os dois homens e a mulher que participaram da abordagem ao carro da família “foram afastados preventivamente de todas as atividades operacionais”. Os dois fuzis e a pistola usados pelos agentes foram apreendidos pela Polícia Federal, encarregada das investigações.
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Juliana e sua família viajavam para Itaipu, em Niterói (RJ), onde passariam o Natal, quando o veículo foi alvo de disparos na rodovia, na altura de Duque de Caxias. Alexandre de Silva Rangel, de 53 anos, pai da jovem e condutor do carro, afirmou que, ao perceber a aproximação do veículo policial e ouvir a sirene, acionou a seta para encostar, mas os tiros começaram logo em seguida.
Estado de saúde de Juliana
A médica intensivista do Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, Juliana Paitach, apontou na tarde desta quarta-feira (25), que Juliana “está em ventilação mecânica e recebendo medicamento para manter a pressão estável. Apesar da gravidade, há um padrão de estabilidade, uma vez que a jovem não apresentou piora no quadro de saúde”.
Segundo a médica, a jovem “tem o estado grave, porém estável. Está em ventilação mecânica e em coma induzido. Da hora que ela chegou para agora, não teve piora, ela se manteve num grau de gravidade que estabilizou com a medicação e não teve piora. Ou seja, temos uma gravidade, mas num padrão de estabilidade, até o momento”.
“Apesar da lesão cerebral ser uma lesão grave, ela não tem um sinal de gravidade que a gente faz uma hipertensão intracraniana. Na imagem inicial, você vê que não tem esse sinal de gravidade, então, a gente vai ter que acompanhar, ver como vai evoluir”, relatou.
Com informações da Agência Brasil