FIXAÇÃO MACABRA

Mulher que levou coroa de flores à casa de Lula celebrou morte de Dona Marisa em 2017

Maria Cristina de Araújo Rocha foi ao hospital em que Dona Marisa estava internada para comemorar após a notícia de morte cerebral da ex-primeira-dama

À esquerda, Maria Cristina de Araújo levando coroa de flores à casa de Lula; à direita, a bolsonarista em 2017 celebrando a morte de Dona Marisa.Créditos: Reprodução
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Maria Cristina de Araújo Rocha, a bolsonarista de 77 anos que foi presa por injúria racial na quarta-feira (18) ao xingar um segurança de "macaco" após deixar uma coroa de flores fúnebres em frente à residência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em São Paulo, é reincidente em casos do tipo. 

Em fevereiro de 2017, a idosa de extrema direita foi ao Hospital Sírio-Libanês, onde a ex-primeira-dama Dona Marisa Letícia estava internada, para comemorar a morte da então companheira de Lula. Naquele dia, o hospital havia acabado de anunciar que Marisa tinha sofrido morte cerebral. 

A bolsonarista foi hostilizada por apoiadores de Lula e Marisa que estavam reunidos no hospital em vigília pela ex-primeira-dama. Maria Cristina foi retirada do local por seguranças. Antes, a extremista já havia feito um "protesto" em frente à unidade de saúde para pedir que Dona Marisa se tratasse no Sistema Único de Saúde (SUS). 

À época o fato foi repercutido pelo portal UOL, que veiculou um vídeo do momento em que Maria Cristina de Araújo Rocha é hostilizada após comemorar a morte de Dona Marisa e retirada do local. 

Reprodução/UOL

Filha de militar 

A bolsonarista Maria Cristina de Araújo Rocha, de 77 anos, foi presa por injúria racial, nesta quarta-feira (18), em frente à residência de Lula (PT). Ela chamou um agente da segurança da Presidência da República de “macaco”.

A antipetista, que é filha de militar, levou uma coroa de flores à residência do presidente para ironizar o problema de saúde que ele teve, felizmente superado.

Ela chegou ao local em um carro com uma foto do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, atrás de grades. Junto à montagem, desenhos de uma caveira e de uma ratazana.

A mulher é figura frequente em manifestações da extrema direita, pois integra um pseudo-movimento chamado de “Ativistas Independentes”. Em 2020, levou um taco de beisebol para um ato na Avenida Paulista, e foi retirada do local, pela Polícia Militar, por se tratar de uma manifestação pacífica pela manutenção da democracia.

Maria Cristina também aparece em várias fotos, nas redes sociais, ao lado de políticos representantes da extrema direita, como Carla Zambelli (PL), Fernando Holiday (PL) e Kim Kataguiri (União Brasil).

Por ser filha de militar, o general do Exército Virgílio da Silva Rocha, ela recebe pensão mensal de R$ 14,5 mil. Tem o costuma de se gabar da amizade próxima do pai com o general do Exército, Eduardo Villas Bôas, com quem posta fotos, de acordo com reportagem do G1.

Pensionista desde 2009

A representante da extrema direita recebe pensão mensal desde 2009 e, atualmente, está na casa de R$ 14,5 brutos, podendo variar. Em junho de 2024, por exemplo, ganhou R$ 17 mil líquidos por causa de uma gratificação.

Maria Cristina faz parte de uma lista de 30 mulheres parentes de militares, que tiveram a situação regularizada judicialmente, em dezembro de 2010, quando o Tribunal de Contas da União (TCU) publicou um acórdão considerando legal a concessão do benefício.

 

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