Flávio de Castro Sousa, um fotógrafo brasileiro de 36 anos, está desaparecido em Paris desde o dia 26 de novembro. Ele foi visto pela última vez no dia em que retornaria ao Brasil. Três amigos encontraram o aparelho celular e planejam entregar os pertences à polícia nesta segunda-feira (2).
O celular foi encontrado bloqueado e escondido em um vaso de plantas em um bistrô. Rafael Basso e Pablo Araújo, brasileiros, e Alex Gautier, francês, têm colaborado ativamente com a família de Flávio, residente em Candeias (MG), ajudando na reconstrução de seus passos antes do sumiço e no diálogo com as autoridades francesas e a diplomacia brasileira.
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“A nossa luta é para que eles abram a mala e abram o celular, e uma investigação para entender o que aconteceu", disse Basso. O Consulado-Geral do Brasil em Paris informou que acompanha o caso, mantendo comunicação com as autoridades francesas e oferecendo suporte consular à família do cidadão brasileiro.
Formado em Artes Plásticas pela Escola Guignard, da UEMG, Flávio é reconhecido por seu talento e dedicação à fotografia, especialmente na área de eventos, onde atua como sócio da empresa Toujours Fotografia, em parceria com Lucien Esteban.
De Belo Horizonte, Sousa desembarcou em Paris em 1º de novembro, acompanhado de Lucien Esteban, sócio na empresa de fotografia Toujours, sediada na capital mineira, para participar de um casamento. Após cumprir seus compromissos profissionais, Flávio planejava aproveitar as férias em Paris até o final do mês.
Nas redes sociais, onde se apresenta como Flávio Carrilho, o fotógrafo mineiro demonstra sua paixão pela fotografia analógica. Ao longo da viagem, Flávio compartilhou com seus seguidores diversas imagens capturadas em filme, retratando a beleza de ícones parisienses como a Catedral de Notre-Dame, o Museu do Louvre, a Pont des Arts e, claro, a imponente Torre Eiffel.
A última imagem publicada por Flávio em suas redes sociais, capturada um dia antes de seu desaparecimento, o mostra em frente ao Museu do Louvre com uma câmera nas mãos. Logo depois, ele desapareceu.
Sem notícias após esse período, amigos de Sousa foram até o apartamento onde ele estava hospedado e o encontraram trancado, com as luzes acesas. Após contatarem a agência responsável pelo imóvel, o local foi aberto e os pertences do fotógrafo foram recolhidos. Mais tarde, após inúmeras tentativas de contato feitas por amigos e familiares, o celular de Sousa foi localizado. Além disso, foi descoberto que o fotógrafo caiu no Rio Sena.
Segundo Basso, Flávio foi atendido no hospital Georges Pompidou, localizado nas proximidades, às 6h da manhã após uma queda, recebendo alta médica por volta do meio-dia. Ele relatou à RFI que tentou consultar o prontuário médico, mas não conseguiu.