ACESSO NEGADO

Por que o Exército colocou a monografia de general Mario Fernandes sob sigilo?

Deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) protocolou pedido de informações ao Ministério da Defesa sobre a proibição do acesso público a trabalho escrito em 2002 por militar acusado pela Polícia Federal de participação em trama golpista

Monografia do general da reserva Mario Fernandes foi colocada sob sigilo
Monografia do general da reserva Mario Fernandes foi colocada sob sigiloCréditos: Reprodução YouTube
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O deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) protocolou um pedido de informações ao Ministério da Defesa, nesta segunda-feira (2), para saber por que o Exército "adotou repentinamente a restrição de acesso" à monografia, escrita em 2002, pelo general da reserva Mario Fernandes para sua conclusão de curso da Escola de Comando e Estado-Maior da Força (Eceme).

Mario Fernandes é um dos 37 indiciados na trama golpista investigada pela Polícia Federal (PF), que o aponta como um dos responsáveis pela elaboração do planejamento do assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de seu vice Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexande de Moraes.

Também segundo as investigações, Fernandes participou dos acampamentos golpistas em dezembro, quando "ainda ocupava o cargo de chefe substituto da Secretaria Geral da Presidência da República, possuindo estreita proximidade com o então presidente Jair Bolsonaro", conforme o relatório da PF.

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A proibição do acesso público à monografia "Comando de Operações de Unidades Especiais (COpUEsp): análise crítica" ocorreu na sexta-feira (29), quando reportagem do jornal Folha de S. Paulo esteve na Eceme e solicitou o trabalho, que foi entregue para consulta. Contudo, 10 minutos depois, uma bibliotecária retirou a monografia alegando que o material era sigiloso.

Questionado pelo veículo no mesmo, o Exército não respondeu sobre os motivos que teriam levado o trabalho a ser classificado como sigiloso. 

 

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