De acordo com o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás, em informativo desta segunda-feira (16), a produção de petróleo brasileiro se constituiu como principal pauta exportadora do país pela primeira vez desde a série histórica iniciada em 1997, ultrapassando os ganhos com commodities agrícolas — das quais destacam-se o milho e a soja.
Além disso, em 2025, a IBP estima que produção nacional deve aumentar em pelo menos 6%, e a EPE (Empresa de Pesquisa Energética) prevê um crescimento de 10%.
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Parte desse crescimento está ligada à aprovação recente de um projeto de lei que permite a instalação de usinas eólicas offshore, ampliando o processo de descarbonização das fontes energéticas com investimentos de até US$ 2 bilhões e uma capacidade estimada de 957 megawatts de energia.
As instalações devem se distribuir entre a Bacia de Campos, o Nordeste e o Sul do país.
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Em 2024, a exportação de petróleo brasileiro atingiu uma receita de US$ 42,8 bilhões, com uma produção de cerca de 3,4 milhões de barris por dia (bpd), ultrapassando os ganhos com o minério de ferro e a soja, e seguindo com a tendência de saldo líquido positivo no setor, aponta a Agência Brasil.
Para 2025, estima-se que a produção atinja os 3,6 milhões de barris, com a entrada de novas unidades de produção (FPSOs) na bacia do pré-sal.
Um outro fator positivo para a elevação do Brasil no cenário de exportação energética é a incerteza dos mercados mundiais quanto à guerra entre Rússia - Ucrânia e os conflitos no Oriente Médio, que deixam um rastro de insegurança nas cadeias de petróleo.
Nesta terça-feira, o maior navio-plataforma para a extração de petróleo do Brasil, fruto dos investimentos do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), na casa dos R$ 45 bilhões, ancorou na Bacia de Santos.
A plataforma Almirante Tamandará, da Petrobras, está ligada a 15 poços de petróleo e deve produzir cerca de 225 mil barris por dia, além de 12 milhões de metros cúbicos de gás natural, com uma receita de até R$ 36 bi/ano.