A CPI da Manipulação de Resultados no Futebol no Senado aprovou, nesta terça-feira (8), a convocação da influenciadora Deolane Bezerra para prestar depoimento sobre envolvimento em esquemas de corrupção em apostas online.
Deolane é investigada pela Operação Integration e chegou a ser presa por 20 dias na Colônia Penal Feminina de Buique, no Agreste de Pernambuco. Ela foi solta após receber liberdade provisória. A influenciadora é acusada de criar um site de apostas para lavar dinheiro de jogos ilegais.
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A operação apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais. De acordo com a polícia, teriam sido movimentados cerca de R$ 3 bilhões em contas correntes entre janeiro de 2019 e maio de 2023.
O requerimento para convocação da influenciadora foi apresentado pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE). Além de Deolane, foram convocados Darwin Henrique da Silva Filho, CEO da empresa Esportes, e Bruno Tolentino, tio do jogador da seleção brasileira Lucas Paquetá, atleta do West Ham, clube da Inglaterra.
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Ainda não há data definida para oitiva da influenciadora, que será definida pelo presidente da CPI, Jorge Kajuru (PSB-GO).
Entenda o caso
A empresária, advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra, que teve um relacionamento com MC Kevin até a morte do artista em maio de 2021, foi presa no dia 4 de setembro, no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife.
A prisão de Deolane se deu em operação da Polícia Civil de Pernambuco contra uma organização criminosa voltada à prática de lavagem de dinheiro e jogos ilegais.
Ela foi levada para o Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), em Afogados, na Zona Oeste da cidade.
Além de Deolane, a justiça autorizou outros 18 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão no Recife, Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba (PR) e Goiania (GO).
A Justiça ainda autorizou o bloqueio de R$ 2,1 bilhões e o sequestro de bens como carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações.
Deolane e os demais alvos da operação entregaram o passaporte e perderam o porte de arma de fogo.
Segundo o portal G1, a investigação teve colaboração da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) e das polícias civis dos estados de São Paulo, Paraná, Paraíba e Goiás. Ao todo, 170 policiais estão envolvidos na operação.
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