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Polícia do Rio já tem principal linha de investigação para sumiço do menino Edson

Mistério do desaparecimento da criança de 6 anos mobiliza autoridades. Família suspendeu manifestações após receber trotes e informações falsas sobre paradeiro

Créditos: Arquivo pessoal
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro, segundo familiares do menino Edson Davi Silva de Almeida, de seis anos, já teria uma linha de investigação principal para solucionar o desaparecimento da criança, ocorrido na tarde de quinta-feira (4). Edson Davi é filho de um barraqueiro que trabalha na praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste, uma das áreas mais turísticas do Brasil.

De acordo Giovana Araújo, irmã do menino, reporta o jornal O Dia, a principal linha dos agentes da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) é de que a criança tenha se afogado no mar. A hipótese vem ganhando força porque algumas outras linhas foram descartadas, como a de que um turista poderia tê-lo levado. Nenhuma câmera mostra qualquer pessoa com Edson Davi na região da orla da Barra da Tijuca. A foto em que supostamente o menino apareceria, tirada numa lanchonete do bairro, também foi descartada, uma vez que a família não o reconheceu na imagem.

A família de Edson Davi vem cobrando a prefeitura da capital, que comanda a CET-Rio, por conta de câmeras que não estariam funcionando e que poderiam ter flagrado a criança entrando no mar, no trecho de areia da praia. No entanto, o Centro de Operações da Prefeitura do Rio informou à imprensa que imagens de cinco câmeras já foram liberas para a Polícia Civil e nega que algum registro não tenha sido repassado, ou mesmo que algum dos equipamentos estivesse fora de serviço.

Neste domingo (7), a família de Edson Davi informou que estava suspendendo uma manifestação que visava divulgar o caso do desaparecimento do garoto. Informações falsas e trotes estariam sendo passados nos canais disponibilizados por parentes para receber informações do caso.

Mãe não concorda com linha sobre afogamento

A mãe do pequeno Edson Davi, Marize Araújo, disse ao diário O Dia que não entende como plausível a hipótese do filho ter se afogado e que faltariam elementos para tornar essa versão a principal.

“Se ele se afogou, se afogou com dois bombeiros de plantão. Eu cheguei 20 minutos (depois do desaparecimento) de mototáxi e tinham dois bombeiros de plantão, bem descontraídos, parecia que ninguém tinha desaparecido e a praia estava vazia, com uma vala em frente a minha barraca e uma bandeira de perigo. Se meu filho se afogou, ele se afogou numa praia vazia, com dois bombeiros de plantão, com o pai do lado trabalhando. Ele se afogou sem ninguém ver”, disse.

Por fim, Marize afirma que quer apenas uma resposta, seja ela qual for. Se, de fato, Edson Davi tiver entrado no mar e se afogada, ela quer o corpo da criança para sepultá-lo e encarar a realidade.

“Se foi afogamento, preciso do corpo do meu filho para enterrar e seguir a minha dor. Eu vou para casa e eu me dopo de remédio para dormir. Ele dormia comigo agarrado, quando acordo eu procuro logo por ele, e ele não está”, disse emocionada.