SUSTO NAS ALTURAS

Por que o código ‘mayday’ acionado por piloto da Azul gerou pânico em Natal

Comandante de Airbus A320neo repetiu expressão três vezes, 25 minutos após decolar, e fez autoridades aeronáuticas e de emergência entrarem em alerta máximo para uma tragédia

Imagem ilustrativa.Créditos: Aeroporto de Confins/Reprodução
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Era madrugada em Natal (RN) quando um Airbus A320neo, da Azul, decolou do Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves com destino a Belo Horizonte (MG). Era o voo AD4001. Passados 25 minutos e a 36 mil pés de altitude (11 mil metros), o comandante da aeronave pegou o rádio e comunicou à torre de controle: “mayday, mayday, mayday”. A partir daí, todos os protocolos de emergência foram imediatamente acionados e quem estava de serviço ficou em alerta máximo, isso para não dizer em pânico.

A expressão “mayday”, quando repetida três vezes, é um código da aviação internacional para informar ao controle aéreo que uma aeronave está em situação crítica. De forma técnica, é o aviso mais alarmante e desesperador que existe, significa que o aparelho está em perigo grave, iminente e que precisa de assistência imediatamente. Na prática, todas as autoridades aeronáuticas e de gestão para grandes catástrofes já esperavam a possibilidade real de uma grande tragédia.

Felizmente, nada de grave ocorreu. O gigante Airbus A320neo tocou o solo 45 minutos depois, às 3h46, sem intercorrências, e todos os passageiros e tripulantes desceram da aeronave sem qualquer problema, sãos e salvos, mas o susto acabou virando notícia na imprensa pelo acionamento incomum de um código que quase sempre prenuncia uma tragédia.

Desfecho do caso

Não ficou claro ainda o que ocorreu com o voo AD4001 e a operadora Azul limitou-se a dizer que um problema técnico foi detectado logo após a decolagem, e que, naturalmente, por razões de segurança, o avião precisou voltar para o aeroporto de origem, onde a totalidade dos ocupantes do aparelho desembarcou em segurança.

“A companhia ressalta que os clientes estão recebendo toda assistência necessária, conforme prevê a resolução 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), e serão reacomodados em outros voos. A Azul lamenta eventuais transtornos causados e reforça que ações como essa são necessárias para garantir a segurança de suas operações”, disse ainda o comunicado da empresa aérea.