João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, foi condenado a mais 118 anos de prisão, nesta sexta-feira (15), pelo juiz Marcos Boechat Lopes Filho, do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás. Ao todo, sua pena chega a 489 anos pelos crimes de estupro, violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável.
O médium, que foi denunciado pela primeira vez em 2018, foi condenado nos três últimos processos criminais relacionados a crimes praticados entre 2010 e 2017.
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João de Deus foi denunciado por 66 vítimas e condenado por 56 desses processos. O caso de 120 vítimas teve extinção da punibilidade pela decadência (perda de um direito de ação pelo decurso do tempo) ou prescrição (perda do direito de punir do Estado pelo decurso do tempo) reconhecida.
Ele também foi condenado a pagar até R$ 100 mil de indenizações por danos morais às vítimas.
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Atualmente, o criminoso cumpre prisão domiciliar, em Anápolis (GO), devido uma decisão em segunda instância.
Relembre o caso
Em 2018, dez mulheres acusaram o médium João de Deus de abusos sexuais, durante tratamentos espirituais realizados na Casa Dom Inácio de Loyola, na cidade de Abadiânia, em Goiás. As histórias com detalhes foram reveladas no programa "Conversa com Bial", da Rede Globo.
A partir daquele episódio, centenas de mulheres começaram a denunciar o religioso por estupro e violação sexual.
Em janeiro de 2020, ele foi condenado a 40 anos de prisão em regime fechado. Após a pandemia de Covid-19, teve direito a regime domiciliar.
Em 2021, no Dia pelo Fim da Violência Contra Mulher, o médium foi condenado novamente, a mais 44 anos, por estupro de duas mulheres e estupro de vulnerável contra outras duas.
No ano seguinte, em 2022, João de Deus já somava 220 anos de prisão, com oito condenações.
O líder religioso também protagonizou casos de apreensão de dinheiro, cinco armas de fogo, pedras preciosas e medicamentos no local onde realizava as sessões espirituais.