O apresentador Fausto Silva, o Faustão, falou pela primeira vez nesta quarta-feira (30), após o transplante do coração a qual foi submetido no último domingo (27). Ainda na UTI do Albert Einstein, Faustão pediu para tranquilizar a todos e dizer que está se sentindo muito bem.
“Estou cada vez melhor. É impressionante”, disse por telefone, reconhecendo que o médico que o operou, “Fabio Gaiotto, é um monstro”, disse pelo telefone à coluna de Flavio Ricco, do R7.
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E disse ainda: “Eu não sinto dor alguma. Já estou andando, sentando, isso três dias depois da cirurgia”.
Segundo o colunista, Faustão falou com a mesma naturalidade e intensidade que nos acostumamos a ouvir nos seus programas. O apresentador ainda revelou que está sentindo bater um coração novo e forte dentro dele. Não consegue descrever essa emoção.
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Agradecimentos à família do doador
Faustão também agradeceu à família do doador: “porque fiquei sabendo, quero muito agradecer ao doador, na pessoa do pai dele. A sua imensa generosidade de permitir que eu continuasse vivendo”.
“Não tenho como agradecer a esse pai, à viúva e ao irmão desse moço, que eu sei era um atleta. Transportar para outra pessoa o direito de continuar a viver é muito mais que uma generosidade. Foi uma bênção que Deus me deu”, encerrou.
Polêmica
O transplante de Faustão foi alvo de polêmica criada pela extrema-direita. De acordo com detratores, o apresentador teria “furado a fila” para obter o órgão. Daniel Becker, pediatra, sanitarista, antifascista e responsável pelo perfil Pediatria Integral, alerta em vídeo postado nesta segunda-feira (28), em suas redes, sobre o perigo de desacreditar o sistema de transplantes no Brasil.
Segundo ele, “a inclusão recente do Faustão na lista de transplantes do Sistema Único de Saúde (SUS) está gerando muitas dúvidas e especialmente comentários equivocados que são muito perigosos”. Para Becker, “falar mal de um sistema que funciona bem, que é um dos mais justos do mundo, faz com que esse sistema perca a credibilidade. As pessoas passam a desconfiar do sistema de transplantes do Brasil e perdem a vontade de doar”, alerta. “E o Brasil já tem pouca doação pra nossa população, tem países que têm muito mais.”
“Segundo, ele diz o seguinte: ‘fila é um termo inadequado, melhor falar em lista, porque tem uma série de critérios pra se transplantar e a gravidade do paciente é o maior deles. O principal deles. Alguém que vai morrer a qualquer momento sem transplante vai receber um órgão antes de uma pessoa que tá a mais tempo na lista, mas em melhor estado, que pode esperar’”, diz Becker.