Conhecido como “Rei da Cachaça”, o empresário Antônio Eustáquio Rodrigues, proprietário das marcas Seleta, Saliboa e Boazinha, produtos muito conhecidos pelos apreciadores da bebida, foi preso, nesta sexta-feira (18), em Belo Horizonte (MG).
Ele estava foragido desde junho de 2023, depois de ter sido condenado pelo crime de estupro duas vezes, além de estupro de vulnerável.
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O mandado de prisão foi expedido pela 1ª Vara Cível, Criminal e de Execuções Penais da comarca de Salinas, no Norte de Minas. As penas podem chegar a 15 anos de prisão em regime fechado.
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Antônio, enfim, foi encontrado por agentes da polícia do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Criminais, da Execução Penal, do Tribunal do Júri e da Auditoria Militar (Caocrim), do Ministério Público (MP-MG), em um apartamento na região central de Belo Horizonte.
A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sejusp) divulgou que o “Rei da Cachaça” está detido no Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves.
Toni Rodrigues, outro de seus apelidos, fundou a cachaçaria Seleta em 1980, em Salinas, no Norte de Minas. Ele chegou a ser considerado como o maior produtor de cachaça do Brasil, com rótulos da bebida premiados, inclusive no exterior.
O empresário foi preso, inicialmente, em 2014, acusado de cometer tentativa de homicídio, estupro de vulnerável e estupro comum. As vítimas da violência sexual eram um menino de 13 anos e uma menina de 15.
O garoto relatou que o abuso ocorreu duas vezes e também teria acontecido com uma colega, que morava no mesmo bairro. A denúncia foi feita por uma das mães ao Conselho Tutelar do município, segundo o G1.
Durante as investigações, O Estado de Minas teve acesso aos depoimentos das vítimas. Os documentos apontam que o menino relatou que estava com a garota, nas proximidades de sua casa, em uma rodovia, na saída de Salinas para a cidade de Rubelita, quando foram abordados por Toni.
Ainda conforme a vítima, o empresário teria convidado os adolescentes para irem até sua fazenda. Ao chegarem na propriedade, Toni “após verificar que não tinha ninguém na fazenda, os chamou para entrarem em casa”. Na sequência, ele teria convidado os menores para irem até o quarto da casa e que fizessem uma “massagem pelo seu corpo”.
O jovem ainda afirmou que, com medo de ser deixado na fazenda e ser obrigado “a voltar a pé para casa”, ele e a amiga atenderam aos pedidos de contato sexual feitos pelo condenado.
Empresa disse que empresário estava afastado por problemas de saúde
Na ocasião da primeira prisão, a Seleta divulgou que o fundador estava afastado das atividades de administração da empresa desde 2006, por decisão do conselho administrativo do grupo, “em virtude de graves problemas de saúde”.
Em novembro do mesmo ano, Toni Rodrigues obteve um alvará de soltura e foi liberado da Penitenciária de Teófilo Otoni, onde estava preso.
Porém, a sentença criminal de agora se refere ao trânsito em julgado, ou seja, não existe mais possibilidade de recursos e a decisão, portanto, é definitiva.