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VÍDEO: O que se sabe sobre pai e filha acusados de homicídio após briga em hospital

Familiares são acusados de homicídio doloso após impedirem atendimento de idosa que morreu

Caso lamentável terminou com idosa morta, médico ferido e pai e filha presosCréditos: Reprodução/Twitter
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André Luiz do Nascimento Soares, 48, e  sua filha Samara Kiffini do Nascimento Soares, 23, foram presos neste domingo (16) depois de agredirem uma médica, fato que causou a morte de uma idosa de 82 anos que estava sendo atendida no Hospital Municipal Francisco da Silva Telles, no Rio de Janeiro.

André e Samara foram presos e são acusados de homicídio doloso, além de dano qualificado ao patrimônio público, desacato e lesão corporal. 

Relatos de testemunhas afirmam que pai e filha estavam aguardando no hospital para serem atendidos, quando começaram a brigar com profissionais de saúde que estavam no local. O foco foi uma médica, que era responsável pelo atendimento de uma idosa de 82 anos em estado grave.

Agredida física e verbalmente, a médica foi impedida de prestar o socorro à paciente em quadro mais urgente, que acabou falecendo. A polícia foi chamada para deter a confusão, que, aparentemente, havia sido causada por duas pessoas emocionalmente descontroladas.

Segundo o delegado Geovan Omena, da 27ª Delegacia de Polícia, antes de serem presos, pai e filha teriam ameaçado a médica de morte, dizendo que iriam voltar e "matar na porrada" a profissional de saúde que já havia sido agredida.

"Foi um ataque de fúria, algo completamente injustificável. Eles estavam descontrolados e aprontaram um caos no hospital porque queriam ter o privilégio de passar na frente de todos. Não lhes foi negado atendimento, mas eles não tiveram paciência para esperar a vez. Mesmo se eles estivessem esperando por horas, o que não era o caso, não justificaria nada do que eles fizeram", afirma o policial civil.

Em um vídeo, é possível ver parte da confusão:

O hospital alega que “os dois já chegaram à unidade bastante alterados e ele dizia estar armado”. A Secretaria Municipal de Saúde afirma que só a polícia pode constatar a relação entre a confusão e a morte da paciente de 82 anos.

A defesa dos familiares nega a possibilidade de que eles sejam responsabilizados por homicídio. Ao G1, o advogado Cláudio Rodrigues disse que "acusar seus clientes pelo homicídio de um paciente que já estava internado naquela unidade, possivelmente com um quadro clínico ruim, é forçoso demais".