A idosa Rosana Granda morreu em 2020 e foi enterrada no Cemitério da Vila Formosa, na Zona Leste de São Paulo. A filha de Rosana, Isabella, queria transferir o corpo da mãe para uma gaveta no cemitério e, futuramente, cremá-la. Então, solicitou a exumação, mas foi surpreendida ao achar a cova onde supostamente a mãe estava vazia.
Ela esteve no cemitério na segunda-feira da última semana (3) e pagou R$ 676 para alugar um espaço no ossuário por 5 anos e agendar a exumação. Na quarta-feira (5), ela esteve no local para fazer o reconhecimento do corpo, mas ele não foi localizado.
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Isabella contou ao portal G1 que na quarta o coveiro abriu três covas sem sucesso. Na sexta-feira (7), ela retornou e o processo se repetiu. Quatro covas e nada do corpo de sua mãe. "Eu quero fazer o último desejo dela que ela disse que queria ser cremada e jogar as cinzas no mar. Eu quero fazer esse desejo por ela também", disse Isabella.
O corpo só veio a ser localizado nessa terça-feira (11), mais de uma semana após o pedido da exumação. A Consolare, empresa que administra o Cemitério da Vila Formosa, afirmou que ele estava em uma cova diferente da que estava indicada nos documentos.
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Os funcionários afirmaram que a culpa é da prefeitura. Em 2022, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) abriu um inquérito para investigar um possível abandono dos cemitérios e considerou que a Prefeitura foi omissa nos últimos anos. A administração dos 22 cemitérios e do Crematório de São Paulo passou para a iniciativa privada no começo deste ano. Quatro empresas dividiram a concessão: Velar, Grupo Maya, Cortel e Consolare.