COPA DO MUNDO

Cemitério fecha durante jogo do Brasil e enterro de idosa teve ser adiado

Neta da idosa relata que se sentiu “desrespeitada” com o ocorrido; mudança de dia e horário impediu a presença de familiares na cerimônia

O Cemitério Morada da Grande Planície, em Praia Grande.Créditos: Prefeitura de Praia Grande/Divulgação
Escrito en BRASIL el

A família de Amélia Argentino Ribeiro foi obrigada a remarcar o sepultamento da idosa, de 94 anos, previsto para esta segunda-feira (5), por um motivo insólito: o Cemitério Morada da Grande Planície, em Praia Grande, litoral de São Paulo, estava fechado devido ao jogo da seleção brasileira contra a Coreia do Sul, pela Copa do Mundo do Catar.

A jornalista Aline Porfírio Ribeiro, neta da idosa, relatou que se sentiu “desrespeitada” com o ocorrido, inclusive, porque a mudança de data e horário impediu a presença de alguns familiares à cerimônia.

Querem nos calar! A Fórum precisa de você para pagar processos urgentes. Clique aqui para ajudar.

Aline informou que a avó morreu de infarto, por volta das 19 horas de domingo (4). O sepultamento, segundo ela, foi marcado para segunda-feira (5), às 16 horas (data e horário do jogo entre Brasil e Coreia do Sul). Por isso, a cerimônia foi alterada para esta terça-feira (6), às 9 horas.

Ela afirmou que a família tem plano funerário da empresa Organização Social de Ataúdes Nóvoa (Osan) e que o sepultamento foi marcado. “Avisamos outros familiares, que se programaram. Porém, na segunda-feira de manhã, a funerária ligou para informar sobre algumas mudanças", afirmou, em entrevista ao G1.

A neta da idosa ressaltou que o cemitério, por intermédio da funerária, avisou à família que o velório, programado incialmente para ocorrer dentro do campo-santo, seria realizado em uma “sala especial” da Osan, ainda na segunda-feira. Porém, o enterro teve a data alterada para esta terça-feira (6).

“A alegação que o cemitério deu é que ele fecharia por conta do jogo do Brasil na Copa do Mundo. Ficamos decepcionados e nos sentimos muito desprezados e desrespeitados", explicou Aline.

Familiares viajam cinco horas e perdem sepultamento

Ela acrescentou que vários integrantes da família residem em outras cidades. “Alguns sobrinhos dela vieram do interior, de Lençóis Paulista (SP). Eles viajaram por cinco horas e, quando chegaram aqui, descobriram que não teria enterro nesta segunda-feira”.

Prefeitura de Praia Grande, o cemitério e a Osan ainda não se manifestaram a respeito do caso.