REDES SOCIAIS

Mais dois adolescentes presos por rede de estupro virtual no Discord

Polícia afirma ter apreendido um dos líderes de servidor que incentivava violência

Créditos: Pixabay
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Dois adolescentes, de 14 e 17 anos, foram detidos pela Polícia Civil do Rio de Janeiro por participarem de uma rede de pornografia infantil e estupro na rede social Discord nesta terça-feira (27(

Os adolescentes - que não tiveram suas identidades reveladas pela polícia - são suspeitos de três crimes: associação criminosa, induzimento ao suicídio e estupro.

As detenções foram realizadas na cidade de Volta Redonda e na capital do estado, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Além disso, computadores e celulares foram apreendidos.

O uso da plataforma para aliciamento e crimes envolvendo pornografia infantil revelado em uma matéria no Fantástico. Na segunda-feira, um outro jovem de 19 anos foi preso após apresentar-se a uma unidade policial na Zona Norte de São Paulo. 

Mais de 10 pessoas já foram presas ou detidas pela Polícia Federal e pela Polícia Civil do Rio de Janeiro no âmbito da chamada Operação Dark Room, que investiga grupos violentos que se espalham pelas redes sociais.

Segundo a Polícia, o adolescente de 17 anos preso nesta terça-feira era um dos principais líderes de um servidor similar àquele que foi denunciad no último domingo pelo Fantástico.

Nestes grupos, o compartilhamento de pornografia infantil, imagens de assassinatos, incentivos ao suicídio e à mutilação, além de apologia ao nazismo, ao estupro e o racismo são extremamente comuns.

Em nota, o Discord se defende: "No Brasil, 99.9% das comunidades do Discord nunca violaram nossas políticas. Temos uma política de tolerância zero para atividades em nossa plataforma que sejam potencialmente prejudiciais à sociedade e estamos comprometidos em garantir que seja um lugar positivo e seguro para todos. Por meio de nossos esforços em combater as ameaças à segurança infantil, nós proativamente removemos 98% das comunidades que identificamos nos últimos seis meses por mostrar material com abuso de crianças no Brasil", afirma a empresa em nota.