AGRESSÃO À MULHER

Procurador que espancou a chefe é absolvido pela Justiça de São Paulo

Demétrius Oliveira Macedo foi filmado agredindo Gabriela Samadello Monteiro de Barros com socos e chutes dentro do local de trabalho

Procurador espancou a chefe.Créditos: Twitter/Reprodução/Montagem
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O procurador Demétrius Oliveira Macedo, que espancou a chefe durante o expediente na Prefeitura de Registro, no interior de São Paulo, foi absolvido pela 1ª Vara da Comarca de Registro.

Ele foi considerado inimputável [pessoa que não compreende a ilegalidade do próprio comportamento em razão de doença mental] após ser diagnosticado com esquizofrenia paranoide.

Demétrius foi filmado agredindo Gabriela Samadello Monteiro de Barros com socos e chutes dentro do local de trabalho, em julho de 2022. Ele foi detido e, depois, internado em um hospital psiquiátrico após apresentar um comportamento de personalidade narcisista e combativa.

De acordo com documento obtido pelo g1, Demétrius recebeu o diagnóstico de cinco médicos diferentes. Ele está em um hospital de custódia e deve permanecer internado por, no mínimo, três anos.

"Na presente condição, o acusado no processo penal, por mais que reconhecido tenha praticado fato típico e antijurídico, não pode ser responsabilizado penalmente, porque seu comportamento não pode ser tomado como crime, porque o agente não é culpável", afirmou o juiz na decisão.

Relembre o caso

Um vídeo que mostra uma agressão brutal, a socos e chutes, de um procurador municipal contra uma colega de trabalho que tem o mesmo cargo que o dele, ocorrido em Registro (SP), chocou o Brasil. O horrendo caso ocorreu no fim da tarde de segunda-feira (20), dentro da Procuradoria do Município, que fica no extremo-sul paulista, na região do Vale do Ribeira.

Demétrius Oliviera de Macedo, de 34 anos, aparece nas imagens espancado de forma muito violenta a procuradora Gabriela Samadello Monteiro de Barros, de 39 anos, que mesmo caída no chão e com o rosto sangrando segue sendo chutada e alvo de socos. O criminoso a xinga várias vezes de “puta” e “vagabunda”, enquanto uma outra funcionária tenta intervir, mas também é agredida, sendo arremessada contra uma porta.