A delegada da Divisão de Capturas da Polícia Civil de São Paulo, Ivalda Aleixo, afirmou, nesta quinta-feira (23), que Demétrius Oliveira de Macedo, de 34 anos, não demonstrou arrependimento sobre as agressões brutais que cometeu contra sua chefe, a procuradora-geral de Registro (SP), Gabriela Samadello Monteiro de Barros, de 39 anos.
Ao mesmo tempo, Ivalda revelou que o agressor, que também é procurador, se mostrou “muito incomodado” durante depoimento à delegada. Demétrius foi preso nesta quinta, em uma clínica em Itapecerica da Serra.
Segundo a delegada, ao ser questionado se estava arrependido do que fez, ele declarou que não sabia responder. Ivalda acredita que o agressor não se sentiu confortável por estar na frente de mulheres.
“[Tinha] uma escrivã fazendo o BO (boletim de ocorrência), uma investigadora conduzindo ele, uma mulher falando com ele, uma delegada. Acho que ele ficou bastante incomodado”, declarou a delegada, ao G1.
Ivalda revelou que o procurador passaria por uma consulta no hospital psiquiátrico, mas o médico o liberou e, consequentemente, Demétrius foi encaminhado ao Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), ao Instituto Médico Legal (IML), e continuará preso na capital paulista, a não ser que a delegacia de Registro, no interior de São Paulo, peça a sua transferência.
Agente administrativa diz que Demétrius “desprezava mulheres”
Thainan Maria Tanaka, agente administrativa da Procuradoria de Registro, que denunciou Demétrius para Gabriela, declarou que o procurador "desprezava mulheres", segundo depoimento ao G1.
O processo administrativo contra o agressor, conforme as vítimas, deve ter provocado as agressões contra a chefe do setor, que deu andamento ao procedimento interno. Thainan disse que Demétrius era “terrível, mal-educado” e “desprezava todas as mulheres”.