RACISMO

VÍDEO: "Eu odeio preto, não suporto", diz mulher em Salvador

"Não gosto de gente escura que nem você. Eu sou caucasiana"

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Mais uma denúncia de racismo. Desta vez, em Salvador, cidade com o maior percentual de negros no Brasil. Uma mulher publicou em seu Instagram um vídeo, onde sofre uma série de ofensar verbais. 
De acordo com a vítima, identificada como Andresa, ela estava sentada em uma das mesas de uma loja de conveniência, quando uma mulher, vestindo uma espécie de farda, começou a proferir ofensas verbais. Segundo o relato, publicado também no Instagram de um advogado, que se diz amigo de infância da vítima, Andresa chegou a ligar para a polícia, mas teria sido informada da impossibilidade de uma viatura se dirigir ao posto e que ela deveria procurar uma delegacia para registro de boletim de ocorrência.
Andresa registrou o momento das agressões em vídeo. Nas imagens é possível ouvir a mulher afirmando que não gosta de pessoas "assim, tipo você, na minha mesa". Durante a discussão, ela ainda emenda que Andresa é quem deveria se levantar da mesa "porque eu não gosto de gente escura que nem você, não suporto. Eu sou caucasiana. Eu odeio preto, eu não suporto", diz.

 

Nova lei

A lei que aumenta a pena para a injúria relacionada a raça, cor, etnia ou procedência nacional foi sancionada pelo presidente Lula no início do ano. Com a norma, esse tipo de injúria pode ser punida com reclusão de 2 a 5 anos e a pena poderá ser dobrada se o crime for cometido por duas ou mais pessoas. Antes, a pena era de 1 a 3 anos.

Além disso, a nova lei estabelece que terão as penas aumentadas de 1/3 até a metade quando a injúria ocorrer em contexto ou com intuito de descontração, diversão ou recreação.  A lei promove mudanças na Lei do Crime Racial e no Código Penal. A pena menor continua para a injúria relacionada à religião ou à condição de pessoa idosa ou com deficiência.